terça-feira, 15 de outubro de 2013

Pedir aos ocupados

Quer ajuda de alguém? Peça a quem já faz muito, a quem está acostumado a ajudar, a trabalhar, a por a mão na massa. Se você é do tipo que faz, vai querer distância daqueles que só sabem fugir e dar desculpas. Fica a dica!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Qualquer paixão me diverte

Embora eu ande com a vidinha bem complicada, não deixo de nutrir  o hábito de incentivar todo e qualquer ser que esteja apaixonado.
Pra mim é simples: “O mundo é movido a paixões”.

Uma pessoa apaixonada move montanhas, tem fé e força. Uma pessoa apaixonada não tem limites, tem brilho próprio, irradia luz.

Apaixonados ficam sem dormir e continuam com a pele viçosa, com brilho no olhar e tem sua imunidade preservada, e por que não dizer, aumentada!
errepare, ele se transforma. E que beleza ver o mundo pelos olhos dessa química. Como poder julgar? Como desmotivar esse encanto, essa mágica?

Sem paixão a vida não tem graça... Prefiro as loucuras das paixões, o estourar dos fogos, o volume alto dos sons, os superlativos da emoção.

Embora eu me vista muito de preto, tenho alma liberta que admira,  apoia e deseja sempre paixões. Para mim e para todos, porque qualquer paixão me diverte.

Paixão é alegria, irracionalidade, liberdade.

Tristes daqueles que sufocam seus sentimentos, que  não se permitem voar pelas asas loucas, que não se arriscam nesses abismos  de suspiros inexplicáveis,  de vôos longos madrugadas adentro, perdidos e felizes em seus devaneios.

Sou uma mulher de fases, mas em todas elas, me apaixono perdidamente.

E sou feliz assim, apaixonada ainda que perdida, perdidamente e rapidamente. 

Não importa o quanto dure, há apenas que deixar vingar.

domingo, 2 de junho de 2013

Noite de desabafo, pedido de colo...

Por favor relevem as palavras que brotam desesperadas de alguém que está com dores há dias e hoje, para maior desespero, só consegue enxergar o mundo sem duplas imagens quando força a fechar um olho.

Tenho tido dores de cabeça que me acompanham há mais de quinze dias. 

Acordei, passei os dias e fui para a cama com dores. Um tormento. Isso acaba com o bom humor de qualquer ser. Comprimidos não adiantaram. A visão começou a ficar embaralhada e os óculos insuficentes.

Hoje acordei com a visão turva, dupla. Para manter o foco, só mesmo fechando meu olho direito que, até alguns anos atrás e desde a minha infância, tinha mais de quatro graus de astigmatismo. 

Nunca senti necessidade de usar os óculos e, por mais grossas que pudessem ser as lentes, minha visão nunca ficaria plena. Pensei em operar, mas depois de cálculos e mais cálculos de três médicos, concluímos que fosse melhor viver assim.  Melhoraríamos uma coisa, pioraríamos outra (tenho astigmatismo E hipermetropia!) e eu nunca me livraria da necessidade de ter que usar os óculos... Então... Fica do jeito que está.

O tempo foi passando e a necessidade de óculos para leitura chegou.  E eu, que tinha o olho esquerdo com visão perfeita, já não podia mais comemorar por isso... Até aí tudo bem. O tempo passa pra todo mundo e o corpo reclama. Normal.

Só que hoje bateu o desespero. Não poder focar em nada, como se meus olhos não falassem a mesma língua e meu cérebro não montasse bem as imagens que atravessam minhas retinas me assustou. Corri para um pronto socorro de um hospital oftalmológico, mas ouvi um “Não podemos fazer nada hoje, não podemos fazer exames nem para saber seu grau. Essa duplicidade de imagens que vê pode ser causa de muitas coisas. Recomendo que marque uma consulta para averiguar e pedir exames!”

Meu Deus!!! Mas o que foi que fui fazer lá??? 
Pagar por uma consulta para ver se consigo reembolso do convênio depois??? Fui dar uma volta pela região da Avenida Paulista e ter que desviar de caminhos por causa da Parada Gay? 

Chovia para ajudar...O vidro do carro cheio de gotas me incomodava ainda mais. Faróis que duplicavam, lanternas multiplicadas, sensação horrível de quem não está conseguindo enxergar direito.

Senti satisfação em ter o Alvaro guiando pra mim. Imaginei o pesadelo que seria dirigir nessas condições. Ao pararmos num farol, virei-me para ele para sorrir em gratidão,  mas ele me imitou fechando um dos olhos e não consegui rir da piada. Senti vontade de chorar, mas abafei.

Entrei otimista para a consulta e saí de lá desolada. 
Para ouvir da médica que o que eu tenho pode ser uma série de coisas, eu não precisava ter ido... não mesmo!!! Saí pisando firme, confesso que mal me despedi e voltei correndo pra casa.  Não dava para pensar em espairecer por aí quando você teve que pedir para a cuidadora do seu pai te render num domingo à tarde, não é , não? 
E voltamos para a toca.

Pensei na vidinha que venho levando nos últimos dias, nos últimos meses, nos últimos anos.
Senti que estou fragilizada, cansada. Acendi um cigarro e pensei no fracasso que esse gesto simboliza pra mim.  No mesmo momento, me lembrei que este tem sido um dos poucos prazeres que ninguém me tira,  nem mesmo eu, e sabe-se lá a que preço...


Desabei... Chorei feito criança,  aos soluços... Queria poder fazer birra, beicinho, manha... Queria poder ser a filha única mimada que não fui. 

Só queria mesmo um colo de mãe.  Da minha mãe. Aquele que acolhe sem precisar que a gente diga nada... Aquele abraço e colo em que a gente se aninha e deixa embalar enquanto os soluços se espaçam, a mente se acalma e as lágrimas escorrem tranquilas até a gente esquecer, adormecer... e o medo se vai.