domingo, 20 de novembro de 2011

Porque eu acredito em anjos...

Eu tive medo de perder aquelas risadas, de não ouvi-las mais, de não me deixar contagiar pelo otimismo que ele sempre parecia ter e que me fazia tão bem.
Não sabia quem ele era, de onde vinha, como se parecia, nada! Era apenas mais um contato no meio de tantos que a vida me traz... Era alguém diferente, que tinha o dom de me fazer sorrir e desacelerar. Tinha ali alguma coisa de especial, que me fazia bem. Não tinha rosto, não tinha endereço, não era concreto.
No meio do caos e agitação do trabalho, aquela voz e o som daqueles risos me acalmavam instantaneamente. Como era possível isso? Que mágica era essa?


Imaginava-o sentado numa praia, num fim de tarde, com os pés na areia e o olhar perdido nas ondas. Sim, pra mim alguém tão tranqüilo só poderia viver olhando pro mar!
Anjo de praia que apareceu sem asas e sujo de areia. Era essa a imagem que eu tinha toda vez que ouvia seus risos me dizendo para relaxar... E eu relaxava, como era possível?


De repente, do nada, no meio de um dia corrido e atarefado, me bateu uma pequena tristeza em lembrar que eu não teria mais suas ligações, nossas pequenas conversas, suas contagiantes gargalhadas, sua tranqüilidade e leveza.
Pensei em anjos, que aparecem e não ficam para sempre, e me conformei.
Resolvi caminhar no meio do verde e das plantas, me afastando do burburinho nervoso e dos colegas agitados. Olhei para o céu e suspirei em agradecimento por tomar consciência de momentos simples e mágicos como este, quando eu descubro o poder na natureza interferindo nos meus passos. Fechei os olhos e ouvi na memória:
_ Relaaaaaaxa, tudo vai dar certo.
Sorri sozinha daquela maluquice e  fiquei feliz. 
Se para acreditar que tudo ficaria bem eu precisava de uma voz nos meus ouvidos, que assim fosse. Ela veio, eu ouvi... e se foi. Bateu uma saudade.


Pouco tempo depois, alguém, por escrito, me pergunta:
_ Tem certeza de que você está bem?


Meu anjo tinha aparecido novamente... para eu nunca mais deixar ir embora.
Agora quem ria era eu! Feliz com a surpresa, feliz com a proteção dos céus.


Tem coisas que a gente não explica, a gente sente! E não precisa de mais nada...

Sons de risada podem me fazer sorrir mais...

Nunca tinha sentido tanta falta de risadas em minha vida.
Nunca pensei que risadas pudessem me fazer tão bem. E não falo das minhas próprias risadas.

Percebi, faz pouco tempo, que risadas dos outros podem me acalmar, me relaxar, me conquistar.
Percebi que fazer rir, mesmo sem querer, pode ser possível. Isso é novo pra mim.
Acostumada a levar a vida muito a sério, não me permitia rir do nada.
Quem foi que disse que paz e felicidade não podem ser assim, um breve momento em que você se desarma e se deixa levar, pelo riso, pela alegria, pelo encontro inesperado.
Ainda me surpreendo comigo mesma.
Ainda me apaixono por coisas novas.
Ainda descubro emoções que nunca vivi.
Ainda bem!!! rsrsrsrsrs

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pessoas estranhas... ainda bem!

Começo a pensar que eu seja uma pessoa estranha.
Num dia estou exultante, feliz, e qualquer coisa me faz sorrir.
No dia seguinte, sem que nada de especial aconteça, me bate uma quase tristeza, uma vontade de ficar quietinha, recolhida, calada.
Deve ser difícil conviver comigo, imagino.
Só tomo muito cuidado para não escorregar para o mau humor, porque ninguém tem culpa de meus devaneios, de meus anseios, de minhas manias.
A maioria das pessoas espera que os outros sejam seres constantes e equilibrados, mas admito que esse nunca foi o meu ideal.
Conversando com uma amiga muito próxima e querida do trabalho, questionávamos juntas os motivos de sermos tanto "oito ou oitenta". Não descobrimos as respostas, como era de se esperar.
Só me pergunto: queremos mesmo mudar? Será que no fundo não gostamos de ser exatamente assim, inconstantes?
Queremos a tranquilidade e a monotonia de ser sempre igual, reagir sempre da mesma forma? Não, não queremos. Sei que não!
Enquanto isso continuamos, assim... "Sei lá entende,mil coisas.." rsrs

terça-feira, 1 de novembro de 2011

You & Me - Dave Matthews and Tim Reynolds




Preciso de tão pouco para começar bem o dia...

Don't Know Why - Norah Jones

Tentar entender é bobagem...

Toda vez que quero tentar entender alguma coisa, eu quebro a cara.
Essa mania de tentar entender tudo é uma grande ilusão. E acaba sempre na tentativa frustrada de ter controle, de estar no comando, de saber o que fazer.
Doce mentira que inventamos para que as coisas saiam exatamente do jeitinho que a gente quer. Mas o que é que a gente quer, o que é que a gente sabe nesta vida?
Por que o desconhecido assusta tanto?
Por que é tão difícil se entregar ao mistério, se deixar levar, relaxar?

A graça da magia está exatamente no desconhecido, no não saber como mudar nada, no se deixar envolver, na entrega plena... 
Quantos lados têm os nossos prismas? Quais reproduzem as imagens reais? Existem imagens reais? Ou tudo é sonho, é vertigem, é embriaguez?
Por que eu procuro tanto pelo torpor mas ao mesmo tempo brigo incessantemente pela razão?
Por que busco a lógica quando tudo o que eu mais sou é emoção????