sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Who Are You? (David Fonseca)

Adeus, não afastes os teus olhos dos meus - David Fonseca

Feliz Natal

Amanheceu 24 de Dezembro.
Quase meio-dia e eu querendo voltar para cama e até dormir mais um pouco.
Preguiça boa de quem gostaria de ficar na cama lendo,  sem compromisso.

Só que hoje é véspera de Natal, dia de Consoada com a família mais tarde.
Dia de vinho tinto e bacalhau! Dia de rabanadas, pudins, manjares e vinho do Porto. Ah, doce vinho do Porto.
Sim, na minha família não temos a tradição do “peru de Natal”. 
Lusitanos e luso-descendentes,  temos por hábito comer bacalhau. Com natas, à Gomes de Sá, ao Murro, em bolinhos... não importa a variação. 


Imagens e receitas: 
http://www.1001receitas.com/component/recipes/receita/Bacalhau-da-Consoada

Outros pratos são preparados também em fartura.  Afinal,  é Natal em casa portuguesa, com certeza!

Mais do que dia de trocar “prendinhas”, hoje é dia de jantarmos todos juntos e nos abraçarmos na hora do nascimento de Jesus.
Dia de celebrarmos a vida, o amor e a paz.  Dia de valorizar o aconchego, a amizade, a esperança. Dia de sentir carinho, ternura, saudade.
Antes de tudo, dia de amar ao próximo.  Foi para isso que ele nasceu!
Fonte:http://www.culturalivre.net/wp-content/uploads/2007/12/o_nascimento_de_jesus.jpg

Que venha a festa.
Feliz Natal!!!





quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Lua, Eclipse e afins




Amigos, eu já disse aqui que sou regida pela Lua, não?
Tivemos, na madrugada passada, um eclipse... 

E chegou o verão, a Lua Cheia... Lua que transbordou, me inundou de emoções me deixando estranha, esquisita, mas muito feliz e inspirada.
Sou mesmo assim: uma mulher de fases. Que delícia isso! 
Por alguns dias não tenho fronteiras, não tenho medos e solto todas as bruxas que existem dentro de mim.
Por uma daquelas coincidências, se é que elas existem, ouvi esta música no rádio voltando para casa.
Acho que não acredito em coincidências! rsrsrsrs 

domingo, 19 de dezembro de 2010

Compras de Natal no Shopping




Nestes dias que antecedem as festas, se eu pudesse, eu jamais pisaria num shopping, num supermercado.
Chego a ficar irritada com a falta de consideração e respeito das pessoas umas com as outras! Justamente na época onde se espera que os corações se enterneçam é que mais se vê gente xingando gente, gente furando filas, gente brigando por vagas em estacionamentos, vendedores que respondem impacientemente e atendem mal, enfim... todo tipo de mazelas.
Quando você sai de carro nesta época, numa cidade como São Paulo, já precisa se preparar para o trânsito que, com certeza, irá piorar. E olha que a cidade de São Paulo já tem um dos piores trânsitos do mundo! Como é possível?
Com tantas festinhas de confraternização nas empresas, entre amigos e tal, com tantas compras a serem feitas para a ceia, para os presentes, para as férias na praia, é natural que o número de pessoas a tiram o carro de suas garagens aumente... E bastante.
Não bastasse o calor que faz nesta época, isso quando não temos as famosas pancadas de chuva, tudo vai contribuir para incomodar as pessoas que se aventuram dentro carros, ônibus, trens e metrô. As pessoas já chegam alteradas aos seus destinos!
Se você olhar com mais atenção, vai notar motoristas estressados, crianças de férias que resmungam nos bancos traseiros, mães aflitas tentando acalmar a todos.
Vai notar motoristas de ônibus exaustos, impacientes, loucos para responder a uma provocação.
Nesta época, se você aguçar os ouvidos, não vai demorar a ouvir que o número de xingamentos aumenta nas ruas e avenidas.
Será preciso ter muita paciência para voltar para casa tranquilamente, com a missão cumprida e em paz.
Sexta-feira passada me atrevi a ir a um shopping com amigas, depois do trabalho, para comprar brinquedos para as crianças que passarão o Natal comigo. Que teste de paciência!
Fazia tempo que eu não passava por isso.
Normalmente eu adianto esse tipo de compra para, no máximo, metade do mês de Novembro. Saio tranquilamente numa manhã, bem cedinho, com a minha listinha na bolsa e pronto. Fujo de aglomerações e até encaro grandes lojas da 25 de Março se quiser economizar. Sei como fazer.
Sim, porque se você não deixar para comprar em Dezembro e tiver disposição para sair cedo de casa, tudo irá fluir de outra forma.
Deixo o meu carro no estacionamento do Mercadão, compro todos os brinquedos em no máximo duas lojas diferentes e próximas, e volto satisfeita. Ainda consigo tempo para comprar especiarias, bacalhau e frutas secas no Mercadão. Aqueles presentes que precisam ser comprados mesmo em shopping eu faço em outro dia desse mesmo Novembro, cedo também, assim que algum deles abrir.
Para ganhar tempo e não bater perna em vão, antes de sair de casa eu faço as tais listas com idéias e alternativas para as compras. Senão, sei que vou perder muito mais tempo me distraindo na frente de vitrines meticulosamente decoradas para nos prender a atenção e seduzir.
Neste ano, com os cuidados com o meu pai e os afazeres aumentados, não tive tempo de me programar, de adiantar as minhas comprinhas. Tive que encarar o shopping quase na última hora. Mesmo faltando mais de uma semana para o Natal, encontrei estacionamentos lotados ,lojas relativamente cheias, vendedores experientes cansados de tanto atender e ensinar aos temporários, vendedores temporários ansiosos em vender qualquer coisa mesmo que não seja nada daquilo que você procura.
Uma sucessão de filas e esperas... Um verdadeiro teste de resistência física e psicológica.
Fila de trânsito para chegar ao Shopping. Muito perto do nosso trabalho, temos dois shoppings: um em frente ao outro. Escolhemos ir ao menor deles que,  em épocas normais, é  o “mais vazio”. Me arrependi, mas queria a companhia das minhas amigas, então estava valendo.
O trânsito para chegar ali um caos. Trânsito de sexta-feira após o trabalho, em Dezembro e perto de dois shoppings? O que eu poderia querer? Milagre?
Fila para entrar no shopping, fila para conseguir uma vaga. Sim, porque sempre tem uns espertinhos que sacaneiam e roubam as vagas vindo pelo lado proibido, sendo mal educados mesmo.


Na loja de Brinquedos
E lá fui eu escolher os brinquedos, sem uma  das listas nas mãos. Eu estava mesmo me arriscando!
Optei por comprar brinquedos que costumam ter preços tabelados e que você não consegue grande economia mesmo que se dirija para a 25 de Março para comprá-los.
Se eu estava no shopping, que pelo menos saísse dali feliz por não ter a sensação de ter gastado muito mais.
Preciso admitir que poder esperar em ambientes com ar condicionado, pelo menos, já seja um alento.
Um tanto indecisa, fui escolhendo as peças e separando as caixas com a ajuda de um vendedor bonzinho. Dezenove itens separados, uma de minhas amigas se espantou:
_ Quantas crianças têm na sua família?
Respondi que não eram tantas assim mas, já que estava ali, ia adiantar a compra de alguns presentes de aniversário e levar para economizar uma ida ao shopping!
Por mais que eu tivesse pressa e tentasse manter o foco, enquanto esperava a minha vez no terminal de registros de compra, reparei num garotinho de uns sete anos de idade que se divertia em correr pelos corredores com uma arma de brinquedo na mão e ia derrubando caixas e caixas que acertava com os cotovelos. Ele ria alto, satisfeito. O pai ria também do comportamento do filho. Que maravilha!
Senti pena da vendedora que seguia atrás deles arrumando tudo e pegando as caixas derrubadas do chão. E o moleque ia derrubando e se divertindo. Parecia ter consciência da bagunça que fazia. O papai apenas ria, mas não se abaixava para pegar nada nem pedia ao filho que sossegasse o facho. Admirei a paciência daquela mulher, vendedora de olhar cansado. Pensei nos brinquedos que poderiam ter quebrado com as quedas e nos trouxas desavisados que comprariam essas caixas depois.
Peças de minha compra registradas no terminal, agora era só pegar a filinha para pagar e depois aguardar pacientemente pelos embrulhos. O homem que estava na minha frente recuou de repente e pisou no meu pé. Tudo bem, sou baixinha, ele não viu. Mas custava ter pedido desculpas? Na hora em que sacou o cartão, lembrou que tinha esquecido de pedir para parcelar. Mais um tempinho para eu esperar. Tic-tac-tic-tac... As crianças merecem. Paguei finalmente e fui para a fila do balcão ao lado. Pacotes e mais pacotes na minha frente. Quem não quer embrulhar, não é mesmo? 
Só que pra mim já tinha dado! Quando chegou a minha vez, pedi para a empacotadora que me desse os sacos de presente da loja, as fitinhas e etiquetas que eu faria os embrulhos em casa. Ela sorriu surpresa, concordou prontamente e quase me agradeceu por isso. Eu não ia ficar ali esperando 19 itens serem embrulhados! 


Na loja de Artigos de Couro
Minha amiga agora tentaria trocar uma bolsa que ganhou de presente, em vão. A vendedora disse que a bolsa havia sido comprada na mesma rede de lojas mas em outra cidade e, por esse motivo, precisariam consultar o código equivalente no sistema e o sistema só funcionava até as cinco da tarde.
Ou seja: não podemos ajudar agora, querida, venha depois. A sua bolsa é linda, por que você não fica com ela, por que quer trocar? Ferragens douradas são a última moda. E olha, você tem trintas dias para trocar e pode trocar em qualquer outra loja do grupo. Não precisa ser nesta, viu?
Quase me intrometi, mas resolvi relevar e manter a calma. Saímos insatisfeitas, mas conformadas. Talvez fosse legal ficar mesmo com aquela bolsa, disse minha amiga.




Na loja de Presentes
Fomos procurar um presente para a sogra dela. Achamos umas lindas bonequinhas de madeira, japonesas. Pintadas em cores diferentes, cada bonequinha trazia um tipo de sorte para quem a ganhasse, mas o que mais chamava a atenção nelas era o colorido. Achamos que a vermelhinha era a mais lindinha. Minha amiga percebeu que a que estava em sua mão, vermelha, tinha um dos bracinhos mole, girando com que solto. Procuramos sozinhas por outra boneca vermelha na prateleira. As vendedoras estavam ocupadas demais para vir procurar pra gente. Não encontramos. Minha amiga resolveu pedir para uma vendedora por outra boneca vermelha. E a vendedora saiu respondendo que todas as bonecas tinham os braços soltos.
Minha amiga paciente mostrou que aquele bracinho girava demais, parecendo quebrado. A vendedora disse que não tinha nenhuma outra boneca vermelha na loja. Achei que ela nem disfarçou tentando procurar outra.
Intrometi-me dizendo que para mim, também parecia quebrado e que seria chato presentear alguém com uma peça que parecia danificada. A tal vendedora, sem noção, respondeu que se a minha amiga quisesse, ela colocava cola no braço, porque cola ela tinha na loja!
Olhamos uma para a outra incrédulas. Que vendedora era aquela?
Não fosse a bonequinha tão lindinha e difícil de encontrar em outro lugar, teríamos saído dali sem nos despedir da fulana. E mais fila. Agora era da minha amiga. Ela pegou a fila para pagar e embrulhar o seu presente.
Enquanto isso, fui comprar um perfume para o meu pai.


Na Loja de Perfumes
Loja cheia de gente, cheia de vendedoras, cheia de perfumes espargidos no ar. Um convite à rinite, com certeza, mas meu pai merecia o esforço.
Entrei decidida. Quero tal perfume e pronto.
A mocinha me olhou incrédula e disparou:
_ A versão tradicional ou a nova, com mais notas amadeiradas?
Respondi segura, mas sorrindo:
_ A tradicional. Estou repondo um perfume, não procurando um novo. Meu pai gosta desse. É simples, ainda bem!
Aí ela começou a me perguntar se eu não queria levar o Kit da fragância, a loção após barba, o sabonete da linha.... E eu, sorrindo, só dizia que não com a cabeça e agradecia.
Eu queria sair logo dali. Estava com o nariz vermelho de tanto espirrar naquela tarde. Aquele ambiente infestado de perfumes e mais perfumes estava acabando comigo. Fiz um leve comentário sobre alergia a cheiros fortes, mas ela não sossegou. Enquanto eu esperava que ela fechasse a conta simplesmente e embalasse o presente, ela me bombardeou com ofertas e perguntas.
_ Não quer levar este novo perfume pra você?
Quando me virei pra ela, ela já borrifava perfume num papelinho e na minha direção. Era o novo e frutado não sei o quê, com notas de sei que lá mais, etc etc etc... E me entregou o papelzinho molhado... Não consegui responder, apenas espirrar! Nem o aproximei de minhas narinas. Espirrei novamente, agradeci (por que ainda assim agradeci??) e devolvi o papelzinho perfumado.
Em um tom quase suplicante, pedi que fechasse a minha conta e me chamasse apenas para pagar e pegar o embrulho na porta da loja quando tudo estivesse pronto.Eu ia esperar no corredor, do lado de fora da loja. Assim foi.


No Corredor do Shopping
Voltei a me encontrar com a minha amiga. Agora espirrando ainda mais. Eu estava ficando gripada e, além de tudo, com uma crise alérgica a mais.
Ela riu do meu nariz de rabanete e ficou com pena do meu estado.


Na loja de Tênis
Tentei, em vão, comprar um par de tênis para a minha afilhada.
Entrei numa loja só de tênis e pedi por uma marca X, modelo Y, tamanho Z. Decidida, do jeito que eu gosto de ser. Falei que era para uma garota de 12 anos, e que eu queria algum colorido, divertido.
A moça me volta, uns dez minutos depois, com várias caixas de tênis. Só que branco, pretos, azul marinho, bege!
Trouxe duas numerações, então o volume de caixas ficou ainda maior.
Fiquei frustrada. Eu queria algo mais divertido, mais colorido, mais “fashion”... afinal, era para uma garota de 12 anos que gostava daqueles tênis, tão populares entre adolescentes e jovens.
A vendedora acabou confessando que aquela linha eles não tinham. Nem trabalhavam. Ela conhecia a variedade do fabricante, mas eles não tinham.
Fiquei com dó dela, da tentativa de me vender um “básico”, mas fiquei com mais dó de mim: Eu ia precisar ir a outro shopping comprar esses tênis!


Na Praça de Alimentação
Estavámos cansadas e com fome. Decidimos encerrar as compras naquele dia e adiar o que faltava para a segunda-feira. Enquanto pessoas resmungavam nas filas à espera dos pratos, resolvemos nem encarar a praça de alimentação daquele lugar. Queríamos sair do shopping e ir para o sossego do um dos nossos queridos restaurantes japonesinhos. E fomos, felizes!


Só que, antes disso, mais uma fila. Agora estimulada pelo apoio de minha amiga, eu apresentava minhas notas fiscais para trocar por dois cupons de um sorteio de carro.
Depois de penar tanto, quem sabe não me sai a sorte, não é, não?


Feliz compras para vocês!
E  pra mim, porque segunda-feira pra mim tem mais!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Com medo de não ser feliz

Ela teve medo do que poderia sentir além e recuou. Fugiu.
Pensou que fugindo dele estaria bem, estaria segura e resgataria a paz que um dia teve em casa.
Na primeira briga, no primeiro desentendimento, ela o afastou, empurrou.
Já não era perfeito o seu sonho, a sua ilusão. Voltou a ser a mesma mulher.
Precisava da certeza de que era melhor assim, de que não precisava mais disso.
Sabia que era desculpa, que era medo de perder o controle, medo de se apaixonar.  Mesmo assim desistiu.
Assim seguiu sozinha na companhia de muitos.  Ao lado daquele que já não sabia ouvir, ao lado daquelas com quem dividia os medos, ela seguiu por um, dois meses. E parecia bem...
Procurou consolo nas artes,  no trabalho, na família e também na bebida. Ela celebrava enquanto afogava.
Virou noites navegando, lendo, estudando.
Desviou o pensamento, mudou o foco. 
Sentiu-se aliviada, celebrou e guardou na gaveta  as memórias.
Despendeu todas as suas energias em dias longos abarrotados de tarefas.
Chegou ao ponto de se encontrar exausta, mas se disse feliz por não ter tempo para pensar.  Afirmou ter encontrado a paz.
Mentiu para si mesma e se declarou satisfeita com os novos dias, com a nova vida.
Até quando?

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Posso ver beleza onde outros podem ver tristeza

Algumas músicas marcam, tocam, ficam.
Não passei por nada enquanto a ouvia pela primeira vez, pela segunda... Ela não me remete à nenhuma lembrança.


Esta canção apenas me toca como poucas. Não saberia explicar o porquê. Não é preciso. Apenas sinto. Sim, sinto. Não ouço, sinto.
Ela já faz parte de mim.  Apenas isso.
Posso ver beleza onde outros podem ver tristeza.


Sinking - The Cure






Sinking


I am slowing down
As the years go by
I am sinking
I am sinking


So I trick myself
Like everybody else


The secrets I hide
Twist me inside
They make me weaker


So I trick myself
Like everybody else

So I trick myself
Like everybody else


I crouch in fear and wait
I'll never feel again...
If only I could remember
Anything at all

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Dia de Lua Crescente



Hoje entramos na Lua Crescente.
Fase boa para novos começos,  novos projetos, novos desafios.
Esperanças renovadas e caminhos mais iluminados.
Bom para aprofundar as parcerias e fazer render o trabalho. Bom para o lado material, para a prosperidade.
Esta Lua  traz harmonia e isso facilita o entendimento e a reconciliação entre as pessoas.
Aproveite!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Domingo quente



Hoje o sol está ardendo.  Ardendo até demais para o meu gosto!
O que posso fazer se sou uma daquelas pessoas que não gostam de calor?

Em dias assim, a minha disposição se reduz a quase nada. 
Dias quentes deste jeito, pra mim, só combinam com sombra e água fresca. Literalmente!

Não sou fã de cervejinha gelada, não gosto de tomar sol, estou longe da praia e na minha casa não temos piscina. Vou ficar com a sombra e água gelada.
Verões eu só suporto dentro da água. E ainda nem entramos no verão!!!!!

O lado bom é poder estar em casa.
Amanhã,  segunda-feira normal de trabalho e de Dezembro, teremos trânsito lento na cidade e vendedores ambulantes nas pistas faturando com suas garrafas e latinhas.
Há que se adaptar a tudo. Brasileiro tem disso.

Meus pés insistem em ficar descalços, meus cabelos reclamam para ficar presos. Até camisetas de alcinha, que eu detesto, me acompanham hoje!

Tento me consolar nas imagens felizes de crianças brincando em piscinas, pais passeando com filhos pelos parques, picolés derretendo nas mãos lambuzadas de pessoas ao sol. Em vão...

Minha cadela se esparrama pelos pisos frios no quintal na esperança de se refrescar. Chego a sentir pena da criaturinha que, embora esteja trocando seus longos pelos, ainda assim deva estar sentindo muito calor.

Nove dias para a chegada do verão.  O que virá por aí?
E enxurrada de comerciais de cerveja e protetor solar domina a TV.

Logo, logo as estampas multicoloridas e florais vão invadir as ruas, as calçadas. 
Há quem diga que está para chegar a estação “mais feliz do ano”. Para a maioria, talvez. Não para mim.
Insetos e pernilongos virão também.

Sei que minhas palavras soam rabugice, mas são sinceras.
Eu prefiro o frio.
Gosto de caminhar agasalhada, com casaco longo, botas, luvas e lenços no pescoço. Gosto do calor de lareiras, de vinho tinto, de fondue de chocolate.  Gosto de tecidos encorpados, de ambientes fechados, de dormir agarradinha.

Não estou desprezando a alegria das cores nas ruas e o sorriso das crianças brincando nos jardins.  Gosto até de ouvir pássaros que parecem cantar mais felizes em dias mais quentes.
Não tão quentes, é verdade. Alguns parecem aflitos!

Gosto do sol e céu azul, de dias claros e longos.
Este calor combina com a chegada das férias escolares, com  pessoas passeando, com compras de Natal, festas de confraternização. Como é que eu não gosto disso?

Não aprecio o calor que sufoca, que faz transpirar, que dá sede, que desidrata.  As pessoas ficam mais extrovertidas, falam mais,  bebem mais, riem mais.... brigam mais. Será que não?
A única coisa que eu adoro disso são os sorvetes, mas sorvete pra mim não tem estação. Cabe a qualquer tempo.

Como não posso ficar dentro da água e sem sair dela , eu admito: odeio dias quentes assim!
Sendo assim, só me resta pendurar a rede e encher novamente a jarra com gelo, água, limão e pedacinhos de gengibre. E que venha logo o sono.
Sim, porque em dias assim, dá uma preguiça danada!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Saudade


























Já sentiu saudade de você mesmo? Do que foi, do que sentiu, do que viveu, de como estava?
Já sentiu saudade do brilho do seu próprio olhar, da sua intensidade, da sua voz mais serena?
Já sentiu saudade de pular da cama cantando, dançando, sorrindo?
Já sentiu saudade de não ter medos, de ter mais paciência, de perder a fome, de perder o sono?
Já sentiu saudade de escutar a mesma música trinta vezes seguidas, de escrever milhares de  e-mails, de gastar centenas com a conta telefônica?
Já sentiu saudade de se descobrir embriagado, divertido, enlouquecido?
Já sentiu saudade de abraçar os amigos, de correr com o seu cachorro, de tomar chuva no quintal?
Já sentiu saudade de beijar seu pai, de acariciar o braço de alguém no cinema, de dividir uma batatinha no banco do carro?
Já sentiu saudade de cantar em voz alta no meio do trânsito, de ultrapassar o limite de velocidade, de  passar o farol fechado?
Já sentiu saudade de acordar no meio da noite, de virar a noite conversando, de rir de uma piada?
Já sentiu saudade de cumprimentar estranhos,  de dar a vez na fila,  de comprar um sorvete enorme?
Já sentiu saudade de ser assim?

Eu, já.



Estou morrendo de saudade de mim!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Souvenirs cariocas

Não sei se estou me acostumando ao estresse ou aprendendo a conviver pacificamente com ele, mas nesta minha última viagem ao Rio, a trabalho!, foram poucos os momentos chatos que trouxe para lembrar.
Talvez as coisas boas tenham realmente sido tão legais que apagaram os imprevistos.
Tudo correu relativamente bem  e o saldo foi bem positivo:
 Uma gravação dentro do cronograma , artistas competentes e talentosos participando da programa, chefinho resgatado com sucesso do inferno em que se transformaram os aeroportos cariocas após a chuva do domingo, um delicioso encontro com um amigo de longa data que não via desde 1998...99, a descoberta da colega e amiga divertidíssima e generosa que é a Graça! Viagens em grupo são ótimas para conhecer realmente as pessoas!



O domingo  era de sol na terra relativamente pacificada. Vontade de cantarolar: O Rio de Janeito continua lindoooooooooo....




Depois de uma tarde de preparativos para a gravação da segunda, encontrei um amigo para uma cervejinha num quiosque na frente do hotel.
Deixei meu marido, carioca saudoso, morrendo de inveja do meu fim de tarde.  Sim, porque embora a maioria de meus amigos desconheça,  meu marido é carioca! Flamenguista da gema apesar do sotaque lusitano carregadíssimo de quem viveu em Lisboa por mais de 38 anos. Este teria sido o seu final de semana ideal. Cervejinha no quiosque no final do domingo, jantar no Porcão após o trabalho na segunda. O que mais? Ele só não faria questão de ter visto o Fluminense ser campeão, mas isso é assunto pra outra hora.

Voltando ao domingo à tardinha, enquanto as pessoas passeavam pelo calçadão, no mais puro estilo carioca, eu tentava acender meus cigarros brigando contra o vento e os meus cabelos.
5X0 para o vento!!! Meu amigo ria da minha cara e da minha inabilidade.
Paulistana mais acostumada a fugir da garoa, não estou acostumada a driblar ventos na orla da praia. 
Ou eu segurava o cabelo, ou acendia o cigarro, ou tomava a minha cerveja. Não era pedir muito, mas...  Não conseguia fazer nada disso com competência, admito.  O cabelo emaranhava, a cerveja esquentava no copo, o cigarro não se acendia.
Fabio, meu amigo louco mas cavalheiríssimo, acendeu todos os cigarros pra mim! Muito delicado de sua parte.  Colocamos as conversas parcialmente em dia e reconhecemos, apesar da distância e do tempo,  as afinidades e amizade fortalecidas. Eu celebrava feliz o reencontro e agradecia a paciência do Fabio com as inúmeras interrupções das chamadas no meu rádio. Não demorou muito, a chuva chegou e nos fez mudar de mesa. Não parecia ter vindo pra ficar. Engano nosso. Em pouco tempo, estávamos molhados indo para o restaurante do outro lado da avenida. Ao invés de ficar chateada por ter me molhado toda,  e de ser a segunda vez no ano em que eu era obrigada a fugir daquele quiosque da praia,  resolvi aceitar a chuva como uma bênção.
Pouco depois,  parte de meus amigos e colegas vieram se juntar a nós para jantar, para beber.
Quando o cansaço e a responsabilidade nos chamaram para o descanso, eu subi  para um quarto silencioso  e para um banho demorado como há muito não tomava.
Só era preciso saber que o Serginho estava bem e acomodado. Ele chegou finalmente ao hotel. Pude então relaxar e encerrar o expediente. Tudo pronto. Agora era esperar pelo dia seguinte, pela gravação.
A caipirinha que beberiquei antes com os amigos me ajudou a dormir melhor.

Assim eu tive a mais animada noite das minhas viagens de trabalho. Era um dia finalmente feliz
O mais legal dos souvenirs que eu poderia trazer.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Detesto arrumar malas!


 



 

Eu confesso: eu detesto arrumar malas!
Se a viagem for a trabalho, pior ainda. 
Minhas viagens a trabalho costumam ser muito estressantes. Talvez por isto eu adie tanto essa tarefa chata.
Dias atrás comprei uma mala pequena para me obrigar a levar menos bagagem, mas ainda assim, meu trabalho não ficou menor. A dúvida do que selecionar e o medo de esquecer alguma coisa me consome.
Sou canceriana, adoro o lar. Se pudesse, levaria tudo comigo. Levaria a casa. 
Mesmo que eu só vá passar três dias e duas noites, ainda assim, não sei o que levar. Juro que essa obrigação de ter que fazer a mala chega a me irritar.
Sei que parece ridículo, mas sou assim. Sofro realmente com isso. 
Eu admiro aquelas pessoas que saem pelo mundo com apenas uma mochila pendurada nas costas. Como eles conseguem???
Se eu não fizer uma lista do que devo levar, coisa que não fiz nesta semana, para ir ticando os ítens conforme eles se acomodam ali dentro, eu me perco. Já estou com aquela sensação de que "esqueci alguma coisa". E eu nem saí de casa, nem fechei a dita cuja.
Preciso sair da cama daqui a três horas e não terminei.  Nem mesmo me deitei. Fiquei zanzando pela casa. Quem consegue dormir pensando no que vai esquecer de por ali? 
Parei tudo e vim pra cá... desabafar. 
Eu DETESTO arrumar malas!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Isso é o que eu chamo de "MINHA LIBERDADE DE EXPRESSÃO"

Quando fui criar este miniblog tive certa dificuldade em encontrar um nome que ainda não tivesse sido registrado. Muitos devem ter passado por isso.
Comecei a pensar na quantidade infinita de pessoas que, assim como eu, estariam escrevendo, escrevendo, escrevendo... Todas digitando, digitando, digitando.
Cada um com o seu objetivo, com a sua inspiração.
Sou uma canceriana, relativamente tímida, que passou grande parte de sua adolescência escrevendo em cadernos que se transformavam em espécies de diários. Era uma delícia! 
Já naquela época eu me roubava algumas horinhas de sono ou descanso para debruçar sobre as páginas. 
Bem parecido com o que tenho feito nestes dias. 
Deitada de bruços sobre a cama, algumas vezes, e tomada por uma força estranha, eu não conseguia parar de escrever. Meus olhos ardiam, meus dedos ficavam amassados de tanto segurar a caneta e eu só me rendia quando já não encontrava mais posição para ficar confortável e a letra começava a ficar ilegível. Batia o cansaço físico. Sim, porque a cabeça jovem continuava a mil... 
Meus cadernos eram recheados nas aulas, nos intervalos, na condução, na cama, na sala, na cozinha, na praia... Onde eu estivesse. 
Registros despretensiosos do que me passava pela cabeça. A certeza de não ter irmãos que me tomariam aquelas folhas e fariam piadas das confissões me dava a liberdade de deixá-los espalhados nos meus armários, nas minhas gavetas. 
Preciso procurar para ver se ainda tenho algum desses cadernos!!!
Era muito bom escrever o que eu queria. Do jeito que eu queria...Quando queria!!! 
Era pra mim. Era pra todo mundo. Era pra mais ninguém.
Agora compreendo porque deva haver tanta gente escrevendo por aí.
Somos todos como a adolescente que fui um dia. Livres! Temos prazer em escrever. É gostoso.  Faz bem!
Não faz?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Saudade da Minha Mãe

No caminho de volta para casa, enquanto eu guiava, uma saudade imensa de minha mãe me tocou.  Quase chorei.
Meus olhos arderam e me deixei levar pelas lembranças de alguns abraços, alguns sorrisos, de tanto amor...  Já não percebia mais as faixas no asfalto, as lanternas dos outros veículos, a música que tocava no carro.
Já não estava em mim...
Nenhum motivo especial para isso. Apenas o amor de uma filha que ainda não se acostumou a não ter mais o carinho da pessoa que, com certeza, foi a pessoa que mais me amou.
Agora, escrevendo, as lágrimas escorrem livres. Há muito me libertei da falsa imagem de forte.
Sinto saudade. Sou assim.

Navegando livremente, em um daqueles momentos perpetuados pelos anjos, encontrei esta música que me fez sorrir... me fez sentir. Fui tão feliz!




terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pausa...

Um pouco frustrada por saber que não terei tempo de estar por aqui pelos próximos dez dias... Ou quase isso.
Muito trabalho me espera. Vou precisar me segurar, ficar longe da internet, ficar longe do meu "bloguinho". 
Tenho trabalho no Rio e muita, muitaaaaaaaaaaaaa coisa a fazer. 
Chega a ser engraçado, mas já estou sentindo falta daqui.
Desejem-me alguma sorte. 



domingo, 28 de novembro de 2010

Sessão Flash Back

Bom dia! Bom domingo de sol!
Abri o Facebook e encontrei um vídeo postado por uma amiga querida,e adorei!Me empolguei com as músicas, com os figurinos, com a alegria.
Resolvi dividir com vocês também.
Aproveitei e já busquei por outros.
Divirtam-se!






sábado, 27 de novembro de 2010

Sábado de Sol em São Paulo

Dia de Sol na capital paulistana. Depois de vários finais de semana encobertos ou com chuva, muita gente deve estar feliz comemorando.
Céu azul, sem nuvens, que convida muita gente a colocar a camisetinha e sair por aí. As piscinas dos prédios e clubes deverão ficar cheias. O cheirinho de protetor solar também deverá predominar. Sim, porque até agora vi várias meninas que ignoraram o poder de um sol encoberto e voltaram para as aulas e trabalhos como verdadeiros pimentões. Por mais que se fale do furo na camada de ozônio, no câncer de pele, etc etc etc, ainda há muita gente que adora “aproveitar” cada raio de sol. Tirar o “amarelo escritório” da cara vale cada risco. Não entendo!!!!
Manicures, pedicures e depiladoras comemoram:_"Até que enfim vamos faturar!"
As novas coleções de sandalinhas, rasteirinhas e bermudas estranhas desfilam pelas ruas. Nos supermercados, homens de chinelão abastecem seus carrinhos com latas e mais latas de cerveja, já pensando no churrascão do domingo.
Litros e mais litros de água escorrem para lavar quilômetros de carros.
Não vou fugir muito disso, confesso. Como boa paulistana, vou aproveitar o promissor dia de primavera para dar um banho “daqueles” na minha cadela. Em dias assim, ela seca sozinha e rapidamente sob o sol. Vocês não imaginam o trabalho que é secar uma pastora alemã com toalha e secador em casa! Preciso aproveitar! Se a cervejinha vier mais tarde, tudo bem, não vou reclamar também.
É isso!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Hora de nanar

O dia foi bom. Corrido, mas bom. 
Um terçol chatinho apareceu no meu olho esquerdo no meio da tarde. 
Será um sinal para que eu descanse meus olhos, para que durma um pouco mais?
Vou respeitar a natureza. Vou dormir mais cedo. 
E dormirei feliz, pois sorri bastante.
Uma musiquinha que adoro para dormir ainda mais satisfeita...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Canção Do Mar - Dulce Pontes





Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo

Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração

Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo

Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração

Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar contigo

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Risadas que escapam do teclado

(Já que estou resgatando textos antigos do meu extinto blog, aqui coloco mais um!)


Numa tarde destas, encontrei um amigo online no MSN.
Vamos chamá-lo de Lucas para preservar sua identidade, ok? Ele sabe que fiz um blog, diz que acha muito legal e o apóia, mas daí a deixar que eu revele seu nome, já é demais. Vai que ele não gosta… melhor deixar quieto.
Lucas é um daqueles amigos que não vejo habitualmente, que não encontro mais, mas que manda notícias de tempos em tempos.
Para quem criticava tanto as pessoas que ficam conectadas horas por dia, Lucas agora me surpreendeu! Acho graça de ele ter se adaptado e rendido ao mundo virtual. Anos atrás, quando o conheci, ele dizia que esse negócio de conversar pela internet, como eu já fazia, parecia coisa de maluco. Passávamos longas horas debatendo o assunto. Eu defendia as vantagens de poder me comunicar com velhos amigos e a possibilidade de conhecer novas pessoas. Ele implicava dizendo que o computador era impessoal, que não tinha graça. Hoje ele faz parte de vários sites de relacionamento, entra no MSN para papear, coloca fotos nos perfis. Quem diria?
Passamos boa parte daquela tarde conversando, teclando um para o outro, aproveitando as brechas e intervalos nos afazeres de cada um.
Uma das coisas divertidas que observo quando algumas pessoas teclam, é que elas talvez por não estarem presentes aos nossos olhos, se libertam de poses e atitudes mais sérias, desvendando lados brincalhões, humorados, libertados. E assim foi com ele.
Papo vai, papo vem, nesta tarde meu amigo mostrou que pode ser ainda mais divertido, como as batatinhas “smiles” que comíamos no Joakin’s depois das baladas.  Sim, nesta tarde ele estava inspirado, engraçado, travesso.
Anos atrás, Lucas era o tipo do cara que eu chamava de bipolar… Vivia mudando de humor. Trocava o sorriso “colgate”, sua marca registrada, por semblantes sérios e respostas ásperas em questão de segundos. Vivíamos discutindo, brigando mesmo. Até por times de futebol a gente brigava. Conversa de corinthiano chato com palmeirense teimosa, dava logo em briga.
Começamos a lembrar de fatos e acabamos rindo de nós mesmos. Ridículos!
De repente tudo ficou mais leve. Passamos a rir de tudo, a fazer piada das coisas que vivemos e dos amigos em comum.
Não foi difícil sentir saudades.
A certa altura, uma sonora risada escapou de mim. E agora? O que eu respondo para os meus colegas que perguntam qual foi a piada?
Em tardes assim, de encontros virtuais com amigos saudosos, até que é bom a gente deixar que as risadas escapem assim do teclado,  não é?

Sushiterapia












(Mais um texto do ano passado - Outubro de 2009)

Uma das coisas que todas nós, mulheres comprometidas, devíamos fazer de vez em quando, é sair com amigas para jantar.
Eu recomendo. É muito bom!!!!
Tire esse tempo pra você deixando um pouco de lado o trabalho, a família, os compromissos. Os problemas ficam para depois.
Dispor de um tempo só seu pode ser divertido. Se compartilhado com amigas, muito melhor.
Duas amigas e eu temos tentado fazer de nossos jantares um hábito. Tentamos sair uma vez por semana.
A gente troca algumas horas guiando no trânsito por longas e divertidas conversas num jantar.
Como nós três gostamos de comida japonesa, não é raro escolhermos algum restaurante japa para a nossa “terapia de grupo”.
Agora entendo melhor porque tantos homens habitualmente se encontram para jogar futebol com os amigos.
O namorado de outra amiga, que nunca entra na quadra e nem tem um par de chuteiras no armário, não deixa de se encontrar com os “amigos do futebol”. Enquanto alguns suam a camisa, outros conversam na beira da quadra bebericando suas cervejas  tranquilamente. Eles sabem que muito mais importante do que fazer um gol, é voltar para casa com as energias recarregadas e ter uma noite de sono mais tranqüila. Descarregam suas adrenalinas, falam palavrões, exercitam a competitividade e a camaradagem num lugar só. Sabem viver!
Minhas amigas e eu não saímos para paquerar, dançar ou fazer fofoca. A gente sai para celebrar a vida, a amizade. Como nesses jantares acabamos falando sobre tudo - vezes impulsionadas pelas bebidas, outras pelo simples e prazeroso fato de podermos compartilhar -  outro dia constatamos que estes  jantares nos fazem muito bem e melhor do que muita terapia.
Toda mulher gosta de falar e ser ouvida, não é? Toda amiga gosta de ouvir, dividir. Ficamos ali rindo, algumas vezes até choramos…
No nosso caso, se fizermos isso acompanhadas de boa comidinha, num ambiente sossegado, melhor ainda!!! O que importa é saber que temos, e podemos ser, AMIGAS.
Viva a nossa “sushiterapia”!!!





(Em breve escreverei mais sobre este hábito que tentamos, a muito custo, manter)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010



Mais uma segunda-feira!
Dia para começar a semana de trabalho, para rever as minhas listas, para chegar novamente à conclusão de que os dias são curtos pra mim.
Não gosto muito de segundas. Nelas sinto-me quase obrigada a ter energia para fazer muitas coisas. Parece ser inapropriado ter preguiça nas segundas. Você pode queixar-se nas quintas, nas sextas... Neles contar as horas para que chegue logo o final de semana, mas na segunda...
Na segunda esperam que você esteja animado, que mergulhe de cabeça nos afazeres, que esteja cheio de energia.
Como Garfield, muitas vezes, eu não gosto de segundas e não desejaria colocar o focinho para fora da caminha.
Hoje é uma delas!
Se permitido fosse, eu também ficaria quietinha no meu canto sem ter que fazer nada.
Já saí da cama com a sensação de que era cedo para pular dali. E não era! Sim, eu passei até da hora. E não dormi pouco também.

Bem, vamos lá!
Ao menos sei que vou encontrar minhas amigas e temos muito, muito mesmo o que conversar...

domingo, 21 de novembro de 2010

"Leva meu corpo
 Por um momento eterno
 Fazes-me a vida um inferno
 Escondo um louco
 No meu corpo
 Um infinito prazer
 Por isso:
"Qu'est-ce qu'on va faire?".
 Só tenho tempo
 Pr'o o meu corpo
 Como uma sombra inquieta
 E nessa voz discreta..."


sábado, 20 de novembro de 2010

Acordo arrependida, mas não durmo com vontade!!!

Nesta semana li esta frase no perfil do MSN de uma amiga. Da Lelê.
Ri só de imaginar todas as interpretações que uma frase dessas poderia render.
 "Acordo arrependida, mas não durmo com vontade"
Não é o máximo?
Muitas vezes a gente faz isso mesmo. Acorda até arrependida, mas de algo que fez? Antes assim!!!
E se a gente fez, a gente ousou. E se ousou é porque, naquele momento, a gente queria muito. Se a gente quer muito e faz, a gente merece! Antes se arrepender de algo que a gente provou.  
Se tem uma coisa em que Lelê e eu costumamos acreditar e dizer sempre, é que devemos nos arrepender daquilo que fizemos. 
Quantas e quantas vezes nós duas divagamos sobre a coragem de ir atrás do que se quer.
Concordamos que a sensação de não ter tentado, arriscado, é muito chata. Incômoda até!
Não permitir que as coisas fluam, aconteçam, pode gerar um alto grau de insatisfação. Vale a pena?
Você sempre vai achar que se tivesse tentado, tudo seria lindo e maravilhoso. E aí, vai se culpar por não ter tido a coragem de experimentar. A vida é breve... 
No dia seguinte, pode vir a enxaqueca. Sim, a bebida podia não ser tão boa assim, seu fígado pode não estar legal.  Tudo bem. Veja pelo lado bom: Você saiu da rota, do previsto, arriscou. Conheceu um caminho novo.
Na próxima, se houver uma próxima disso, você vai ousar mais, vai estar mais preparada. Talvez já não se arrependa.
Aprenda!
Só não vale deixar que a culpa te invada. Não…  Antes ter um dia de ressaca do que ficar com sede  (rsrsrsrs)
Vai ficar sempre na segurança de não passar da conta, de não se expor, de não viver o que pode ser seu? Que graça tem?
E isso cabe para tudo…
Nem tudo o que a gente quer a gente tem, é fato, mas não se permitir ir além daquilo que
nos chega de bandeja é passividade demais.
Acordo arrependida, mas não durmo com vontade!
De quê? 
De um bombom, de um beijo, de uma bebida, de uma balada, de uma pizza, de uma transa?
Seja do que for!!! Arrisque!
Arrependa-se até um novo desejo te invadir… permita-se sentir, querer… e tenha!
Se for para passar vontade, que não seja por ignorar a oportunidade.

(Só não espere nunca se arrender de verdade, porque a gente se arrepende também. Eu juro!)
Divirta-se!
(mais um texto de Setembro de 2009, mas que ainda cabe muito bem pra mim)