sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Calor, calor, calor

Calor, calor, calor...
Dia mais quente do ano na cidade de São Paulo! No Rio também!
Sensação de estar dentro de uma estufa, de sufocamento. 
São Paulo não combina com dias de verão. Num dia você teme a chuva que vem em tempestades, no outro você não aguenta o calor que o asfalto irradia.
Dias malucos de verão.
Um dia a gente foge da tempestade, no outro fica com medo de derreter.


Dias malucos mesmo de verão...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Em recesso

Quase uma semana sem postar aqui... E por quê? Não sei!
Acho que é a necessidade natural de parar um pouquinho, de ficar quietinha, de ficar na minha.
De tempos em tempos eu tenho isso. É como se eu precisasse recarregar as baterias, precisasse de um tempo só pra mim e só comigo. Sinto que as energias vão acabando, o ânimo diminuindo, a preguiça dominando. E então me recolho.
Ontem tive um verdadeiro “dia de não fazer nada”.  Dormi horas, várias! Não foram horas seguidas, mas foram várias. Pensei que fosse ficar a madrugada acordada por ter passado a maioria do dia dormindo, mas que nada! E não pense que eu tenha tomado qualquer coisa pra isso.
Dormi, dormi, dormi... naturalmente dormi.  E acho que hoje vou tirar a tarde para dormir mais.
Depois eu volto! 

sábado, 15 de janeiro de 2011

Que Seja Então Assim

Eles se conheciam há tempos. Muito tempo!
Agora falavam-se pouco, viam-se menos ainda.
Em época de contatos pela internet através de redes sociais, tinham notícias regulares um do outro. Chegava a ser inevitável.E isso bastava. 
No início tentaram namorar, mas o desejo era maior do que a paciência e a compatibilidade. 
Não deu certo! Brigaram tanto que se separaram antes mesmo de virar um trimestre.
A sensação que ficou foi a de que tinham passado muito mais tempo juntos. É que tudo foi muito intenso, muito forte, muito marcante. Quando estavam juntos não ouviam ou viam mais ninguém.
O mundo deles era vibrante, mas pesado demais para quem tinha tanto medo de se envolver.
Hoje evitam o olho no olho, o toque, o encontro. As conversas virtuais não passam do trivial. Mais seguro que seja assim! 
Sabem que a chama não se apagou, porque com a mesma intensidade que se aproximam, se desejam, se agridem, se repelem.
Inexplicavelmente sabem que será sempre assim: não podem ficar juntos, mas também não querem um fim.
Que seja então assim.


New Order - Thieves Like Us

O Poder de Uma Bala



O trânsito parou mais uma vez. Aquele anda e para estava ficando chato, muito chato!
Ela resolveu trocar a rádio que falava de alternativas no trânsito pelo CD de músicas que tinha no carro. Pelo andar da carruagem, ela ainda demoraria muito no trajeto. Era bom tentar não se aborrecer.


Esticou o braço para o banco ao lado e encontrou na bolsa uma embalagem aberta de Halls preto. Balas de eucalipto extra forte! Extra, extra, extra forte! Colocou logo uma bala na boca e sorriu. A língua logo agradeceu e pediu um golinho de água na boca. (Ela sempre andava com garrafinhas de água no carro!)
Maliciosamente lembrou-se da intenção que tinha quando comprava aquele tipo de balas. E riu novamente!
O CD voltou a tocar na faixa:


Gene Loves Jezebel - Desire

Lembrava-se tão bem!
Lembrou-se do ar maroto que tinha no olhar quando se beijaram e ele sentiu o gosto da famosa bala agora na sua boca. Não precisaram dizer nada, não queriam dizer nada, apenas beijar, agarrar e ali possível mais fosse...
Ela o apertou com vontade, enlaçou-o com as pernas, segurou-o com as coxas. E ficaram assim, felizes, entregues e sedentos naquele balcão de bar. Ele em pé na sua frente, ela sentada ao banco e os copos sendo servidos ao lado deles. Não importava nada se o bar estava cheio, se havia umas duzentas pessoas em volta.
A música alta, as luzes ofuscantes, o burburinho frenético dos clientes em volta... nada importava. O gostoso ali era o sabor da bala, a troca dos beijos, o pulsar dos corpos. Ela não sabia se toda aquela sua entrega era fruto do álcool ingerido ou de tamanho desejo. Também não importava. Ela não queria pensar. Queria aproveitar cada segundinho que pudesse ter com ele. E assim fazia, feliz, com seu Halls preto na boca. Louca de vontade de levar, com ele, seu Halls para longe dali!


Estava ligeiramente entorpecida pelas lembranças e pelo frescor da bala quando a buzina do carro atrás a trouxe de volta para o congestionamento. Finalmente os carros começavam a andar!
Sentiu uma enorme vontade de fazer o primeiro retorno que encontrasse para poder voltar para os braços dele e terminar o que foi interrompido.
E fez! 

Uvas No Meu Quintal



sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Águas que matam e fazem chorar



Ligamos a TV e as imagens assustam, causam profunda tristeza. Tragédias e mais tragédias
por causa das águas impiedosas que caem nas cidades serranas no Rio,  nas cidades da grande  São Paulo, por aí. Outros Estados em alerta, outras comunidades apavoradas.

Quando penso que haverá uma trégua, imagens ao vivo de outras casas que se desmancham  e escorrem em águas barrentas em outra cidade.

Uma das imagens que mais marcou foi o resgate de uma senhora que, por uma sorte inacreditável, conseguiu ser erguida por corda que vizinhos arremessaram. Tudo muito improvisado, tudo no desespero.  Ela tentava levar no braço esquerdo seu cãozinho, mas ao bater com força naquele rio violento de lama, seu cachorrinho foi embora.  Acredito que o desespero e a adrenalina produzida naquele momento de pavor a fizeram ter forças para se agarrar e conseguir manter as mãos na corda até chegar ao topo... Que tristeza!

Não demora muito, enquanto assistimos imagens e mais imagens da força das águas,
chegam imagens de uma casa literalmente levada pelas águas em Carapicuíba, São Paulo.
A notícia da queda de um bimotor e a morte de seis pessoas que iam nele já não causa a mesma comoção. Estamos em choque!

O vendaval que aconteceu na praia do Guarujá nesta tarde e fez voar cadeiras e mesas plásticas de quiosques nos faz ficar com cara de bobos, mas ficamos felizes por não pensar em vítimas fatais.

As pessoas continuam petrificadas na frente das TVs assimilando o número de mais de quinhentas pessoas mortas pelas chuvas no estado do Rio e se chocam ainda mais em saber que já faltam caixões e as autoridades exigirão a exumação dos mortos antigos para poderem enterrar seus corpos.
Triste, muito triste!


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Insônia de verão

Algumas pessoas, como eu, não gostam de dormir no calor.
Não gostam, ou não conseguem.
O calor faz com que a gente fique revirando na cama, de um lado para o outro,  sem conseguir uma posição confortável... Bate um faniquito, um não sei o quê.
A roupa incomoda, os travesseiros incomodam, tudo incomoda.
Dá vontade de sair para a rua, de procurar uma brisa, de tomar um banho.
Eu sou assim.
Acendo a luz, apago a luz... Ligo a TV, desligo... Acendo novamente a luz, pego um livro, largo o livro.
Quando você percebe, já não consegue mesmo dormir.  
O calor faz isso...
Pronto! A insônia chegou. Insônia de verão.
E aí a cabeça começa a viajar. Você fecha os olhos e tenta relaxar. Você se envolve em imagens e lembranças, mistura de cores, gostos cheiros e sensações que precedem os sonhos.
Aos poucos os minutos passam, a noite arrefece e o que era uma noite incômoda pode se transformar num noite gostosa, amena, serena e lânguida.
A pele refresca, os tecidos já te afagam e você se deixa levar sem compromisso, sem mais pensar. O que era calor e sufoco passa a trazer prazer.
É hora de finalmente se entregar a ele. Ao sono.
Boa noite!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Dias de sol encoberto, dias de chuva de verão





Dias de sol encoberto para enganar minha pele.
Quando me escondo no quarto à tarde, a chuva chega. Chega até o trovão!
A chuva pára. A chuva cansa. Amansa. Só não amansa o meu coração.
Tento dormir, em vão.
Pego novamente um livro e, agora sim, o sono vem.
Dias de chuva para dormir embalada, de alma lavada.


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Leitores no Mundo

Ahhhhhhhhh, mas eu fico tão contente e curiosa quando vejo que tenho leitores no Brasil, nos EUA,  na Itália, na Eslovênia, na Croácia, na Tailândia, no Reino Unido, na Ucrânia, no Japão, em Portugal!!!!
Fico mesmo contente e curiosa. Quem serão essas pessoas??? Como chegaram até aqui?
Sejam quem for, agradeço muito!  ; )




LONGE
Arnaldo Antunes 

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Pronto! Saí!
A chuvinha insistindo em cair lá fora.
Assim que o trânsito aliviou, criei coragem e fui. 
Pelo movimento após o almoço nas marginais, hoje só saiu de casa quem precisava, quem muito quis.  Eu quis. Eu saí!

No bairro do Bom Retiro, ruas tranquilas,  muitas lojas fechadas,  chuvinha que ia e vinha.  Ouvi uma vendedora dizer a uma senhora que muitas lojas só reabrirão a partir do dia 10, muitas delas em liquidação.... Ah, que tentação! Vou voltar!

Valeu também a pena ter ido ao Mercadão Municipal, na Rua da Cantareira.

Achei divertido ter encontrado um gringo satisfeito e sorrindo fotografando o colorido de nossas frutas. Frutas tropicais, frutas da barraca do Seu Juca.
Pensei em começar a registrar estes momentos, estas lembranças.
Na próxima, levo a câmera.


Impossível sair dali sem azeitonas. Chilenas, portuguesas. Azeitonas! Sempre azeitonas.
Meio quilo? Não! É pouco! No mínimo o dobro! Adoro!



Quer tremoços?  Eu não gosto, mas vamos levar!
Senhor Alcino e senhor Álvaro apreciam muito (rs)





Voltei satisfeita com meu pequeno passeio. Pequenos prazeres fazem a vida muito mais legal.

Acho que quero sair!

A chuvinha voltou.  Início de ano chuvoso em Sampa. Tudo bem, não estou na praia. Menos mal.
Poucos minutos atrás, eu ouvia passarinhos que cantarolavam sem ela. Agora apenas alguns teimosos, mas ainda felizes.
Não estivesse este tempinho, eu iria banhar a Lilith, minha pastora alemã. Ela bem que precisa de um banho para voltar a ficar cheirosa!
Gostaria de sair para fazer compras. Sim, mas não em shoppings.  A maioria dos paulistanos em férias e dias chuvosos, correm para os shoppings. E eu, fujo desses paulistanos que se aglomeram.  Queria sim, andar por ruas comercias sob meu grande guarda-chuva sem ter que desviar de ninguém, apenas das poças. Sou do contra e gosto de sossego. Quem é que vai querer fazer compras na 25 de Março hoje, por exemplo? Só eu!  Só que a página da UOL me desanima. Chuva em São Paulo é sinônimo de trânsito. E eu, claro, quero fugir disso!  Tivemos pontos de alagamentos na cidade e com a volta das pessoas do Reveillon, a região próxima ao Centro se tumultua.

Eu pensava que ia querer ficar sem fazer nada, zanzando pela casa e me esticando no sofá ou na cama zapeando o controle remoto. Acho que não mais. Está me dando um “faniquito”, um não sei o quê...  Coisas de Ritinha.
Já peguei um livro, já larguei o livro. Já ameacei arrumar uma gaveta. Sim, porque eu preciso arrumar muitas gavetas, mas acho que hoje não.
Música?
Pensei em ligar o som alto para me deixar levar, animar, distrair. Fiquei com preguiça de escolher o cd, acredita?
É, acho que quero sair!
Dia cinza para esticar a preguiça. 
Passarinhos cantam felizes por não estar chovendo.
Não chove, mas o Sol permanece escondido. Passarinhos comemoram mesmo assim!
Um escapamento aberto de alguma motocicleta ronca ao longe destoando do quadro.
Lilith se esparrama deitada na soleira da porta...
Fico satisfeita por estar de férias e não precisar sair de casa.
Dia para ficar assim...