quarta-feira, 30 de março de 2011

De grão em grão... Sabe-se lá no que vai dar.
Há quem diga que: de grão em grão, a galinha enche o papo.
Depois do dia que tive hoje, já não sei. Depois de tantas minúcias chatinhas, estou mais para dizer que:
De grão em grão, a galinha enche é o saco!!!

terça-feira, 29 de março de 2011

Crianças na quadra

O colégio, ao fundo do meu quintal, libera sons de infância  e gritos entusiasmados de jovens que correm suados e felizes atrás de uma bola. 
Temos um dia ensolarado e o cenário perfeito para uma competição feliz.  
A cada gol, um coro entusiasmado e um professor que parece ainda mais satisfeito.
_  Vamos lá, vamos lá! Mais um!   - o professor sabe que o incentivo é tudo!!!
O apito do recomeço do jogo ou das poucas faltas se mistura aos sons da torcida. E essa torcida é animada, é sincera.Comemora a plenos pulmões. Aqui não há brigas nas arquibancadas, aqui temos amigos empolgados, nada mais.
Um  garotinho tropeça, cai, mas nem cara feia faz.  Está logo pronto pra outra.  Outro menino,  mais afoito e com sede de gol, suplica que lhe passem a bola... e rápido! Ele não pode perder essa chance. _Vamos logo! Vai, vaaaaaaai! Aqui!
Menininhas animadas nas laterais da quadra, com seus gritinhos agudos, se assustam quando a bola passa ligeira por elas, estourando na parede ao fundo. Vale a pena o risco de tomar uma bolada  se é para ver o Lucas jogar.
São sons de uma manhã colorida, vibrante. 
Por que o mundo não pode ser simplesmente assim? Como um jogo de futebol infantil?
Tão bom ser criança, tão bom acreditar na chance de suas vitórias!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Câmeras da minha infância

E pensar que as primeiras fotos que bati foram com câmeras assim:











(rsrsrsrs)

Lembro bem de ter tido uma igualzinha a esta:



Semana que chama

Segunda-feira me cutucando, chamando, e eu só disfarçando, fingindo não ouvir e desejando que a semana seja boa, tranquila, amena e que venha de mansinho, na paz!
Não espero grandes emoções, pleiteio apenas uma semana razoável, daquelas em que tudo corra calmamente, em que o tempo não seja curto demais e minha ansiedade não me carregue pelas horas, aflita.
Tenho tantas coisas para fazer em casa que se eu não anotar no quadro branco da cozinha,  tim-tim por tim-tim, vou acabar me atrapalhando.
Sim, porque embora eu não tenha filhos, tenho uma casa para administrar, um pai para cuidar, uma cadela para alimentar, um marido para namorar  e um emprego para manter. E isso tem dado muito trabalho ultimamente. Aquela sensação de dias curtos, de ponteiros que deslizam acelerados no relógio, está me deixando um pouco tensa. 
Alguém, por favor, pode me dizer que ainda estamos em Janeiro???

Quando somos crianças e também adolescentes, há sempre alguém dizendo que essa será a melhor fase da sua vida, que o tempo vai voar, que devemos aproveitar, etc, etc, etc .
Papo de velho, pensamos, mas é assim mesmo!
O engraçado é que o tempo parece que começa a correr de fato com o avançar dos anos.
Se você conversar com uma criança pequena, ela sempre vai achar que demora muuuuuuuuito para chegar o amanhã, o aniversário, o Natal. E essas mesmas crianças têm uma energia infinita, passam o dia brincando, agitando, correndo... e o dia dura, dura, duuuuuuuuura.
Se você conversar com alguém mais velho, o tempo estará voando, sempre.
Melhor não pensar nisso. Melhor não fazer contas.
Melhor começar logo essa semana.

domingo, 27 de março de 2011

Às vezes me bate uma tristeza ímpar,  avassaladora.
Se eu deixar, ela me consome aos pouquinhos, me deixando inerte, calada, sem brilho.
Os pensamentos me tomam as rédeas, num embate ao início furioso, tentando fugir das agruras que se impõem no caminho. Só que as forças pela batalha se vão, lentamente, dando espaço ao silêncio, ao entorpecer.
E o que era sorriso e palavras se transforma,  rapidamente, em adoecer.

Eu não quero ficar triste. Quero a sabedoria de enfrentar a vida e as dificuldades com o queixo
erguido, com meu melhor sorriso, com essa minha mania de tentar saber viver.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Na estante, estática

Não será ficando aqui, com os olhos parados e o olhar perdido vazando a janela fechada, que eu vou conseguir entender o que se passa comigo. Porque, na verdade , não se passa nada e sei disso. Apenas quero uns minutinhos de calma, de sossego, sem ter que sair correndo para resolver nada ou me preparar para sair.
Sentada aqui, sem livro na mão, sem dedos digitando, sem TV ligada, pareço um robô desligado, uma peça posta na estante. Distante. E gosto de estar assim.
Cinco minutos, dez, não sei. O tempo que decide. Será ele o senhor do momento, não interfiro.
E assim vou permanecer até acordar, sem me preocupar muito com o que pensam disso, pois ninguém me vê assim.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Segundo dia de Outuno

Eu demoro, mas volto. Não desisto, insisto.
Olha eu aqui outra vez!

Amigos, nesta cidade de São Paulo, carinhosamente apelidada de Sampa, o frio chegou! Ou pelo menos, deu o ar da graça.
Paulistanos que aqui passaram o final de semana, como eu, não tiveram a felicidade de ver a grande Lua, a linda Lua Cheia tão comentada, tão esperada. O negócio foi contentar-se e ver fotos na internet de outras partes do planeta. E assim foi o final de semana. Garoa fina, friozinho bom para a cama.
Hoje, segunda, um tímido sol tentou vencer as barreiras das nuvens depois de dias frios e cinzentos, mas não teve forças. Acabou dando lugar ao céu fechado novamente.
Com o céu cinzento vieram os ventos acelerados que embaraçaram os cabelos da gente. Sim, porque "a gente" tenta sair para tomar um café lá fora e fumar um cigarrinho tímido. E já que não se pode fumar em lugares cobertos, o negócio é brigar com as cinzas, com o vento, com a chama do isqueiro. Cigarrinho entre os dedos e "a gente" se acomoda num cantinho de uma escadaria com as amigas, como adolescentes sentadas na escada da porta do colégio comentando os últimos acontecimentos.
O cigarro que finalmente se acende tem quase o mesmo prazer!
Mas está frio. Mais do que o esperado!
O sapatinho não é tão fechado como deveria e a gripe, combatida com comprimidos de paracetamol e associações, pode voltar a qualquer momento. É bom pensar melhor. Melhor voltar pra dentro.
Segundo dia de Outuno e já estamos assim.
Melhor tirar os casacos do armário. Nem que seja só por prevenção. Nem que seja só para arejar.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Fotos, fotos, fotos...

Aqui estou!
Entre uma fotinho e outra, um tempinho para estar aqui...
Fotinho??? Como assim???

É que eu resolvi dedicar meus dias de feriado do Carnaval para sair um pouquinho e para organizar as fotos antigas que tenho em casa. 
Tive um estalo de resolver arrumar tudo, de achar fotos perdidas, talvez me encontrar naquilo que fui, que vivi. O motivo do estalo eu não sei, mas não importa, foi um daqueles estalos que obedeci.

E ainda não consegui terminar a tarefa!!! Não que eu tenha muitas, mas estavam todas misturadas, guardadas em lugares diversos, espalhadas pela casa.
Isso porque eu falo daquelas fotos impressas em papel, antigas... Infância, família, colégio, amigos, animais de estimação, faculdade, namorados, casamento, viagens, trabalho... Fotos de tudo e de todos!
Quem me conhece sabe o quanto eu adoro fotos. Adoro fotografar também! Registros de momentos felizes, de celebrações, do dia-a-dia... 
Fotos de amigos e parentes eu guardo todas!
Adoro gente! Adoro retratos!
Amigos dizem que tenho uma memória incrível. Eu acho que tenho um acervo que me ajuda a fixar as lembranças. Uma coisa puxa a outra. 
Quando observo uma foto, invariavelmente, eu me lembro da época em que foi tirada. Eu não me limito apenas a observar as mudanças que o tempo trouxe, eu viajo no tempo... Eu revivo as emoções.

Vasculhei a casa toda, comprei vários álbuns e juntei tudo no quarto. Ficou uma zona, mas "ai" da pessoa que se atrevesse a mexer naquela bagunça antes de eu terminar. E ainda não terminei!!!!
Território minado! Melhor manter distância...

Sendo assim, não foi difícil dedicar hoooooooooras a contemplar amigos, lugares, sorrisos, expressões ... 
Uma delícia de passatempo!!! E chegamos na quarta-feira de cinzas.

Meu Carnaval foi assim, mas foi tão bom que a minha folia fotográfica ainda não terminou. Pretendo entrar quaresma adentro mergulhada nessas lembranças, cercada por todas as minhas antigas fotinhos.
Depois, espero ter forças, grana, tempo e disposição para imprimir várias das milhares de fotos digitais que tenho perdidas em pastas e arquivos por aí, por ali, por acolá. E vamos organizar tudo de novo! 
Espero que o meu marido e amigos me aguentem e compreendam  o quanto isto está sendo importante pra mim, mesmo que eu pareça uma maluca obsessiva. (rsrsrs)
Sim, porque folhear lentamente um álbum de fotos é um enorme prazer. Pelo menos pra mim!

Algumas pessoas acreditam que a quaresma  seja um período de recolhimento, de algum sacrifício e introspecção. Então, vou adaptar a situação da seguinte forma:

Vou me recolher ao meu quarto bagunçado pelas caixas e álbuns espalhados, vou passar horas a fio debruçada sobre os fotogramas, vou ficar em silêncio e bem quietinha, mas confesso:
Vou estar muito feliz!!!!
Beijos para todos