quarta-feira, 23 de março de 2011

Na estante, estática

Não será ficando aqui, com os olhos parados e o olhar perdido vazando a janela fechada, que eu vou conseguir entender o que se passa comigo. Porque, na verdade , não se passa nada e sei disso. Apenas quero uns minutinhos de calma, de sossego, sem ter que sair correndo para resolver nada ou me preparar para sair.
Sentada aqui, sem livro na mão, sem dedos digitando, sem TV ligada, pareço um robô desligado, uma peça posta na estante. Distante. E gosto de estar assim.
Cinco minutos, dez, não sei. O tempo que decide. Será ele o senhor do momento, não interfiro.
E assim vou permanecer até acordar, sem me preocupar muito com o que pensam disso, pois ninguém me vê assim.

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