quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Caras metades



Tampa da panela, metade da laranja... pra quem???

Vira e mexe alguém gosta de dizer que procura, que ainda não achou...
E eu penso comigo: Ainda bem! Um dia você vai perceber que é inteiro e aí sim, vai ser e fazer alguém feliz.

Acho muito engraçado algumas pessoas não se sentirem inteiras, estarem sempre se auto definindo como metades, como incompletas, como se para “ser alguém” precisassem de outra pessoa em suas vidas.  Nunca pensei assim.  Sempre acreditei que, se eu fosse incompleta até pra mim, o negócio seria evoluir primeiro pra depois pensar em ficar com alguém.
Não pensem que eu não seja romântica, que não goste de namorar, que não saiba me entregar. Não penso que seja assim.
Considero muito mais sedutor que duas pessoas inteiras, que se sintam plenas e confiantes, possam realizar mais. Precisar de alguém, literalmente falando, já é ruim. Cria uma dependência, não?  O dependente é livre para ser ele mesmo? Ou  ele precisa ceder para ter?
Não sei, não gosto mesmo de ler, ouvir ou sentir que “precisamos de alguém”... da tampa, da metade...
Casais que se admiram, amam e respeitam com suas diferenças me parecem mais saudáveis, mais plenos, mais felizes.
Longe de eu ter a receita da felicidade... afinal, quem sou eu? Não sou modelo pra ninguém... se é que nisto existem modelos a  serem seguidos. Só acho que o amor pode sim, acabar.  A graça está nisso, nas possibilidades da mudança.
Amor também se transforma, aumenta, diminui, acaba...  e a panela vai continuar ali... com ou sem tampa! Não é, não?

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Retratos

_Por que é que eu gosto tanto de retratos? 
_Porque gosto de gente!!!!!!

Sempre fui assim, desde criança. Eu já adorava fotografar, capturar expressões nos rostos dos meus primos, dos meus amigos do colégio. Talvez fosse uma forma de perpetuar seus sorrisos ao mesmo tempo em que eu os traria pra mim. Adorava também me debruçar sobre álbuns recheados de fotografias, fossem elas recentes ou antigas, de pessoas com quem convivia ou de outros que nem conheci.Tentava imaginar o que pensavam naquele instante, se gostavam da roupa que vestiam, se estavam à vontade ali parados, se eram felizes naquele dia, naquele momento.
Tal gosto fosse fruto de criança canceriana sensível, ou quem sabe, para os mais descrentes, apenas resultado do olhar e curiosidade de criança filha única a tentar descobrir aquilo que era “diferente”.
Devo ter sido aquele tipo de criança que para encarando os outros, porque até hoje me pego observando atentamente e calada pessoas nas ruas, nas salas de espera, nas festas, no trabalho, nos restaurantes... onde for. Tem gente por perto? Me interessa muito!
Para  um bom observador, não há alma que não se entenda. Basta querer olhar...e ver.  
Rostos dizem mais do que palavras. Rostos dificilmente sabem mentir. Olhares, então,  revelam o que nem sempre você está preparado para saber.
Acho fascinante aprender a olhar, aprender a ver.

Ele riu... e ela caiu


Como podia, um homem de semblante tão tímido, poder rir daquele jeito?
Como podia ela ter se apaixonado por uma voz? Por uma risada? E pelo telefone?????????????
Sim, como era possível se encantar por uma voz sem rosto, sem corpo, sem toque,  sem beijo e sem abraço?
No meio de um turbilhão de compromissos, de repente, se viu descansada e acolhida em palavras soltas de um desconhecido muito paciente. Quando falava com ele o tempo parava, a pressa sumia e tudo parecia entrar de acordo com o que ele professava: tudo vai dar certo, relaxa... E ela relaxava...e as coisas davam certo no final. Se não pelo poder que ele tinha de transformá-las em simples, pela alegria e otimismo  que ela absorvia dele.
E assim ela se envolveu sem perceber. Em questão de poucos dias sentia alegria com os seus contatos. Sorria feliz e deixava de ser séria, de ser brava.
Ainda não sabe se o acaso quis brincar com seu destino ou se os anjos quiseram ser travessos. Não importa. O que eram compromissos cheios de responsabilidades virou diversão, curiosidade e  alegria. Queria aquela voz por perto, ao alcance e a qualquer momento, nem que fosse só para dizer: se precisar de alguma coisa, eu estou aqui.  E ele parecia estar.
Era fácil ser sincero com quem não tinha rosto, com quem não iria se encontrar,  a quem não iria julgar. E assim ficou combinado  brincar de dizer tudo, de perguntar e responder qualquer coisa, de se entregar. O que começou com respostas simples como “sims e nãos”,transformou-se em  interesses compartilhados, desejos contidos liberados, mágoas confessadas e um inexplicável tesão.  
Dava até medo.
E deu!
Tanto medo que ela fugiu de si mesma, de seus sentimentos e de todo esse turbilhão. Quando viu finalmente o brilho de seus olhos pertinho de seu rosto, a poucos centímetros de seu corpo e ao alcance de seus braços, ficou com mais do que medo. Sentiu verdadeiro pavor.
Pavor de perder a magia que tinha e sentia por ele até aquele minutinho,  pavor de não saber mais fugir daquele frisson, pavor  que o corpo roubasse a força daquela voz. E fugiu escondida em palavras desconexas e abobalhadas, gestos perdidos e medrosos e olhares fugidios.
Quis se esconder dentro da primeira caixa preta e lacrada que pudesse encontrar  e teve medo que ele também assim quisesse. Como ela tivera coragem?
Camuflou a vontade do abraço com a preocupação pelo pouco tempo, com o tardar das horas.
Se antes tinha procurado na bebida a coragem para concretizar as palavras, agora essa mesma bebida lhe roubava a lucidez, o raciocínio... E fugiu do que tanto quis, do que tanto desejou. Quando sentiu o gosto da sua boca, teve vontade de sair correndo, com medo de perder a cabeça, de perder a razão.  E mentiu...e disse a primeira bobagem que veio a cabeça... 
Ela queria ouvir apenas: tudo vai dar certo... relaxa.


Ela prometeu para si mesma apagar todas aquelas lembranças e seguir em frente com a alma leve e o coração esvaziado, mas foi em vão. Quanto mais pensava em esquecê-lo, mais o encravava na memória . Passou a decorar cada linha de expressão de seu rosto, cada timbre de sua voz. E lembrava-se da risada gostosa que ele tinha, da maneira tranqüila com que  falava e a tranqüilizava sempre... E apaixonava-se novamente. Pronto! Todo o esforço em vão!!! Sim, por culpa apenas daquela solta risada. Como era difícil resistir não procurá-lo mais. Quem sabe um dia...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Dia de sair mais cedo de casa

Dezembro: mês de festas e encontros. Mês de luzes coloridinhas  espalhadas pela cidade.
Mês de trânsito caótico em Sampa apesar do término das aulas. É...tudo tem o seu preço.

E se chover muito, como nesta madrugada, é melhor não esperar que a vida seja fácil sobre o asfalto no dia seguinte.
Vou escolher a minha trilha de fundo, tomar meu banho mais cedo e sair pelo menos com uma meia hora de antecedência... pelo menos! 
Vou pensar na vida enquanto guio e escuto minhas músicas.
Pensar na vida de quem?


(Ultimamente não tenho pensado muito na minha, é verdade, mas não reclamo. Pensar em outras pessoas pode ser muito mais interessante. )

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Tempo de esperar

Tudo podia ter sido diferente. E era para ser... tinha tudo para ser. Mas não foi!


Apressei o ritmo, decidi que tinha que ser naquele dia, que não poderia esperar mais. E o acaso riu de minha decisão, brincou com a minha cara e me fez esperar. .. A cada minuto passado a confusão e ansiedade aumentavam e o que era espera pulsante transformou-se em medo latejante. 
Esperei demais.


Quando chegou eu já não via, ouvia, sentia... Era outra pessoa dentro de mim.
Só senti os ponteiros girando, girando, girando. E fiquei tonta. 
Só acordei quando a porta bateu e vi o menino saindo apressado sem olhar para trás. Era tarde, realmente tarde para pedir para voltar... para não ir, para ficar.
Senti saudade. Quase gritei, quase chorei. Agora era mesmo tarde demais.
E naquele dia o sono não veio, mas o pesadelo dura até agora. 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Insonia e confusão... e pensamentos estranhos...e Adele ... e saudade...



Acordada às três da manhã, estava navegando enquanto o sono não vem. Visitei alguns perfis, algumas páginas, ouvi músicas e mais músicas. 


Grudei na Adele e nos seus agudos e fiquei aliviada em saber que os que dormem estão em quartos longe de mim... Não me ouvem desafinar e nem quase gritar.
Dormi pouco neste final de semana, não descansei à tarde e pensei que adormeceria fácil se fosse para a cama cedo. Só que eu não fui.
Pensei em me deitar, mudei de ideia. 
Resolvi tirar novas fotos por achar que as que tinha nos perfis sociais estavam velhas. Quase desisti. Na primeira imagem não gostei do que vi. 
Senti quase tristeza. Procurei pelo brilho do olhar. Que brilho?
Acabei escolhendo uma foto dessas novas e tentei me sentir renovada fazendo uploads aqui e ali. Não deu certo. Olhei novamente o meu rosto e me senti estranha. Me senti e vi triste, muito triste.
E por que sinto-me assim? 
E por que acabo escolhendo músicas que parecem ter sido escritas pra narrar o que não quero contar a ninguém?
Será TPM?
É, pode ser... porque agora eu virei o tipo de mulher que fica sensível, que chora, que tem insônia e fica sonhando com qualquer situação romântica que esboce o menor sinal de ter a ver comigo.
Eu devia ser muito mais interessante quando tinha TPM normal. Quando queria apenas matar um que se pusesse no meu caminho e só.


Não é TPM. Desculpa mais do que esfarrapada até pra mim! Que papelão!


É Lua cheia. Sou eu. É o que vai na alma e que transborda nos suspiros.


Fiquei sentada na soleira da sala onde escrevo por vários minutos a contemplar a Lua e sentindo frio. E ouvindo Adele, e mais Adele, e mais Adele... A mesma música. 


I've made up my mind,
Don't need to think it over,
If i'm wrong i am right,
Don't need to look no further,
This ain't lust,
I know this is love but,

If i tell the world,
I'll never say enough,
Cause it was not said to you,
And thats exactly what i need to do,
If i'm in love with you,


Observei a fumaça do cigarro subindo como se tivesse vida própria.
Repeti o refrão baixinho e acabei deixando umas lágrimas rolarem junto com as notas. Deixei as emoções saírem. Senti saudades de mim, mas fiquei melhor ao final. 
E resolvi vir dividir meus sentimentos aqui.
Porque eu posso me sentir confusa, mas estou sendo muito sincera no que sinto.



Should i give up,
Or should i just keep chasing pavements?
Even if it leads nowhere,
Or would it be a waste?
Even if i knew my place should i leave it there?
Should i give up,
Or should i just keep chasing pavements?
Even if it leads nowhere









Perseguindo Sonhos Impossíveis

Eu me decidi,
Não preciso refletir sobre isto,
Se estivesse errada estaria certa
Não é preciso mais nenhum olhar
Isto não é luxúria,
Eu sei que isto é amor mas,

Se eu dissesse ao mundo,
Eu nunca diria o bastante,
Porque que não foi dito a você,
E isso é exatamente o que eu preciso fazer,
Se eu estou apaixonada por você,

Eu deveria me render,
Ou eu deveria continuar perseguindo sonhos impossíveis?
Até mesmo se não conduz a parte alguma
Ou seria um desperdício?
Até mesmo se eu soubesse que é meu lugar deveria deixá-lo?
Eu deveria me render,
Ou eu deveria continuar perseguindo sonhos impossíveis?
Até mesmo se não conduz a parte alguma

Eu me construiria,

E voaria em círculos
Espere então meu coração cair
E atrás de mim começa a dor
Finalmente isto poderia ser

Eu deveria me render,
Ou eu deveria continuar perseguindo sonhos impossíveis?
Até mesmo se não conduz a parte alguma
Ou seria um desperdício?
Até mesmo se eu soubesse que é meu lugar deveria deixá-lo?
Eu deveria me render,
Ou eu deveria continuar perseguindo sonhos impossíveis?
Até mesmo se não conduz a parte alguma

Eu deveria me render,
Ou eu deveria continuar perseguindo sonhos impossíveis?
Até mesmo se não conduz a parte alguma
Ou seria um desperdício?
Até mesmo se eu soubesse que é meu lugar deveria deixá-lo?
Eu deveria me render,
Ou eu deveria continuar perseguindo sonhos impossíveis?
Até mesmo se não conduz a parte alguma

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Primeira Gaveta

Ele ficou triste, decepcionado, e guardou suas mágoas no fundo de uma gaveta. Seguiu seu dia como se nada tivesse acontecido, como se aquilo fosse bobagem. Mentiu pra si mesmo e saiu com um sorriso no rosto, enganando a todos com aquela cara de feliz. Jamais pensariam que ele estaria triste. Pessoas tristes não seduzem aquele tipo de gente. Era melhor parecer um deles.


Foi dormir pensativo, sentindo-se sozinho apesar de acompanhado. Imaginou-se independente, liberto, mas afastou os pensamentos quando lembrou da infância e das dificuldades passadas. A vida parecia melhor agora, melhor fingir que sim. 
Ao lado ela dormia tranquila, talvez sonhando com seus novos projetos. Para ela tudo era mais fácil, mais seguro, mais estável. Ali não havia o medo do fracasso, a falta de recursos. Era querer e poder...e mandar.
Sentiu uma certa raiva daquele jeito imperativo dela comandar a vida e culpou os astros. Precisava por a culpa em alguém, em alguma coisa. Que fosse ao menos culpa do seu signo. Pelo menos era uma desculpa. Precisava acreditar nisso para suportar as horas de silêncio, os carinhos escassos e automáticos e a falta de compreensão e cumplicidade. Admitiu para si a culpa de deixar as coisas chegarem ao ponto que estava.  Pensou também na carreira e reconheceu estar fazendo tudo errado e, por isso mesmo, estar tão infeliz.
Abriu novamente a gaveta e, mais uma vez, trancou as emoções lá dentro. Era mais fácil adormecer assim.

domingo, 20 de novembro de 2011

Porque eu acredito em anjos...

Eu tive medo de perder aquelas risadas, de não ouvi-las mais, de não me deixar contagiar pelo otimismo que ele sempre parecia ter e que me fazia tão bem.
Não sabia quem ele era, de onde vinha, como se parecia, nada! Era apenas mais um contato no meio de tantos que a vida me traz... Era alguém diferente, que tinha o dom de me fazer sorrir e desacelerar. Tinha ali alguma coisa de especial, que me fazia bem. Não tinha rosto, não tinha endereço, não era concreto.
No meio do caos e agitação do trabalho, aquela voz e o som daqueles risos me acalmavam instantaneamente. Como era possível isso? Que mágica era essa?


Imaginava-o sentado numa praia, num fim de tarde, com os pés na areia e o olhar perdido nas ondas. Sim, pra mim alguém tão tranqüilo só poderia viver olhando pro mar!
Anjo de praia que apareceu sem asas e sujo de areia. Era essa a imagem que eu tinha toda vez que ouvia seus risos me dizendo para relaxar... E eu relaxava, como era possível?


De repente, do nada, no meio de um dia corrido e atarefado, me bateu uma pequena tristeza em lembrar que eu não teria mais suas ligações, nossas pequenas conversas, suas contagiantes gargalhadas, sua tranqüilidade e leveza.
Pensei em anjos, que aparecem e não ficam para sempre, e me conformei.
Resolvi caminhar no meio do verde e das plantas, me afastando do burburinho nervoso e dos colegas agitados. Olhei para o céu e suspirei em agradecimento por tomar consciência de momentos simples e mágicos como este, quando eu descubro o poder na natureza interferindo nos meus passos. Fechei os olhos e ouvi na memória:
_ Relaaaaaaxa, tudo vai dar certo.
Sorri sozinha daquela maluquice e  fiquei feliz. 
Se para acreditar que tudo ficaria bem eu precisava de uma voz nos meus ouvidos, que assim fosse. Ela veio, eu ouvi... e se foi. Bateu uma saudade.


Pouco tempo depois, alguém, por escrito, me pergunta:
_ Tem certeza de que você está bem?


Meu anjo tinha aparecido novamente... para eu nunca mais deixar ir embora.
Agora quem ria era eu! Feliz com a surpresa, feliz com a proteção dos céus.


Tem coisas que a gente não explica, a gente sente! E não precisa de mais nada...

Sons de risada podem me fazer sorrir mais...

Nunca tinha sentido tanta falta de risadas em minha vida.
Nunca pensei que risadas pudessem me fazer tão bem. E não falo das minhas próprias risadas.

Percebi, faz pouco tempo, que risadas dos outros podem me acalmar, me relaxar, me conquistar.
Percebi que fazer rir, mesmo sem querer, pode ser possível. Isso é novo pra mim.
Acostumada a levar a vida muito a sério, não me permitia rir do nada.
Quem foi que disse que paz e felicidade não podem ser assim, um breve momento em que você se desarma e se deixa levar, pelo riso, pela alegria, pelo encontro inesperado.
Ainda me surpreendo comigo mesma.
Ainda me apaixono por coisas novas.
Ainda descubro emoções que nunca vivi.
Ainda bem!!! rsrsrsrsrs

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pessoas estranhas... ainda bem!

Começo a pensar que eu seja uma pessoa estranha.
Num dia estou exultante, feliz, e qualquer coisa me faz sorrir.
No dia seguinte, sem que nada de especial aconteça, me bate uma quase tristeza, uma vontade de ficar quietinha, recolhida, calada.
Deve ser difícil conviver comigo, imagino.
Só tomo muito cuidado para não escorregar para o mau humor, porque ninguém tem culpa de meus devaneios, de meus anseios, de minhas manias.
A maioria das pessoas espera que os outros sejam seres constantes e equilibrados, mas admito que esse nunca foi o meu ideal.
Conversando com uma amiga muito próxima e querida do trabalho, questionávamos juntas os motivos de sermos tanto "oito ou oitenta". Não descobrimos as respostas, como era de se esperar.
Só me pergunto: queremos mesmo mudar? Será que no fundo não gostamos de ser exatamente assim, inconstantes?
Queremos a tranquilidade e a monotonia de ser sempre igual, reagir sempre da mesma forma? Não, não queremos. Sei que não!
Enquanto isso continuamos, assim... "Sei lá entende,mil coisas.." rsrs

terça-feira, 1 de novembro de 2011

You & Me - Dave Matthews and Tim Reynolds




Preciso de tão pouco para começar bem o dia...

Don't Know Why - Norah Jones

Tentar entender é bobagem...

Toda vez que quero tentar entender alguma coisa, eu quebro a cara.
Essa mania de tentar entender tudo é uma grande ilusão. E acaba sempre na tentativa frustrada de ter controle, de estar no comando, de saber o que fazer.
Doce mentira que inventamos para que as coisas saiam exatamente do jeitinho que a gente quer. Mas o que é que a gente quer, o que é que a gente sabe nesta vida?
Por que o desconhecido assusta tanto?
Por que é tão difícil se entregar ao mistério, se deixar levar, relaxar?

A graça da magia está exatamente no desconhecido, no não saber como mudar nada, no se deixar envolver, na entrega plena... 
Quantos lados têm os nossos prismas? Quais reproduzem as imagens reais? Existem imagens reais? Ou tudo é sonho, é vertigem, é embriaguez?
Por que eu procuro tanto pelo torpor mas ao mesmo tempo brigo incessantemente pela razão?
Por que busco a lógica quando tudo o que eu mais sou é emoção????

domingo, 30 de outubro de 2011

Quando os acordes me tomam

Hoje eu acordei inspirada. Já saí da cama com vontade de ligar o som e dançar. 
Nada melhor para começar o dia, para começar a semana.
E dancei, muito, como há muito não fazia! Deliciosamente sem me preocupar com nada, sem pensar na vida ou seus problemas. Exorcizei os monstros e fantasmas que poderiam me incomodar.
Adoro dias assim. Sei que depois deles novos e animados dias virão.
Dancei muito... e continuo dançando até agora. Foi um dia realmente bom, feliz, de palavras doces e amizades fortalecidas. Foi um dia para ver que o simples pode ser extremamente sedutor.
Um brinde! Porque depois de tantas danças, eu mereço celebrar esta alegria assim! Tim-tim! 
E já que estamos quase no dia 31 de Outubro, Feliz dia das Bruxas pra mim!
(hehehe)


Algumas das músicas que me fizeram girar o corpo de forma mais solta:


























...

Estou de volta, renovada

Por mais dias do que pensei ser possível, estive afastada daqui. E senti falta!
Não foram poucas as vezes em que tive vontade de sentar-me na frente da tela para dizer o que ia na alma, o que meus olhos viam ou o que simplesmente me passava na cabeça... mas o tempo era curto e esse tempo pra mim não vinha, não chegava.
As semanas foram passando e eu apenas relaxando enquanto dirigia o carro e me deixava envolver com as músicas que tocavam. Assim viajava.
O cansaço era tanto que a costumeira vontade de sair dançando nem vinha. A música apenas me entorpecia... e o sono tão esperado fugia de mim.
Deixei que Robert Smith, Morrisey, Dave Grohl, Bono, Peter Gabriel e David Fonseca serem senhores de mim. Me rendi aos seus encantos, apelos e vocais. Sim, minha última paixão tornou-se David. Sua voz invadiu meus caminhos e sonhos, a ponto de acordar já com seus refrões na cabeça. E os dias passaram...e David deu lugar ao Massive Attack quando eu tive vontade de passar a noite acordada. Me descubro agora totalmente Portshead.

domingo, 18 de setembro de 2011

Volto logo!

Saudades daqui e de todos.
Tudo bem em casa, apenas muito trabalho ocupando os meus dias.
Volto em breve!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Pra viver em São Paulo, você precisa ser mais que uma cebola

Não há dúvidas de que o clima nesta cidade é doido, realmente DOIDO.
Tivemos um final de semana quente de verão, céu sem nuvens e calor de fazer tirar chinelos, shorts e camisetas dos armários.A  Segunda chegou ainda luminosa e quente. A temperatura passando dos trinta graus. Muitos comemorando com as cervejinhas e as gravatas postas ao lado.Tivemos grilos confusos cantando pelos jardins, acreditando estarem já no final da primavera. Pois é... e assim começou a Terça. Sol brilhando, ar ligado e roupas leves. Esse negócio de sair de casa parecido como uma cebola, cansa. As pessoas já não têm mais paciência para carregarem casacos, casaquinhos, e irem tirando ao longo do dia.
Só que ontem foi demais! Entrei no restaurante da empresa com o sol brilhante, forte, imponente. 
Saí de lá com o céu cinzento, horroroso e uma ventania ameaçando trazer a chuva. Não tivesse a temperatura caído assustadoramente, até que não chamaria tanto a atenção, só que pouquíssimo tempo depois tínhamos uma tarde treze graus mais fria. Pode uma coisa destas?
(Nem pensei em sair de casa levando agasalhos, o que dirá levá-los na hora do almoço!)
Costumamos brincar que para viver em Sampa, você precisa ser uma cebola. Sai de casa pela manhã cheio de peças que vai "descascando" ao passar do dia... mas esta história de ter que ir colocando as cascas novamente está mal! Ninguém sai preparado para mudar de couve de bruxelas para repolho ao final do dia. Só faltava agora essa!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Passo adiante

Não existe pior inimigo do que o medo.

Não tente me levar para o mesmo buraco,  porque caminho entre pedras, sim, mas quando caio me levanto ainda mais forte. Sobrevivi, posso continuar adiante!

Já caí e por isso sei que a cada tombo o medo de tropeçar já nem aparece mais. Aprendo com os erros e já não vivo numa estufa. Sorte a minha.

Qual  a graça em ficar parado e não seguir caminho algum???

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Neblina

E voltando pra casa, neblina.
Me fez lembrar do quanto eu gostava disso quando era criança e achava que, de repente e de qualquer canto, apareceriam com ela duendes, fadas, bruxas...
Hoje isso só me fez pisar um pouco mais leve do acelerador.


Minutos esticados

Alguns dias aparentam ser mais lentos e hoje parece ser um deles. As horas ficam mais longas, rendem mais, ou pelo menos tenho essa impressão. Aproveitei mais uns minutos na cama e para minha doce surpresa, o relógio parecia não ter corrido. Pode ser a preguiça comum das manhãs frias, pode ser uma impressão passageira, mas isso me rendeu uma expressão mais descansada e uma melhor disposição. Hoje não tenho olhos cansados e a pele parece mais corada, descansada.
Há dias que "prometem" ser bons. 
Que assim continue... Ainda nem chegamos ao meio dele, mas isto já foi um bom começo. O mais importante é manter o otimismo, não é, não?
: )

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mais um dia cinzento na grande Sampa


  Não estivesse o frio que está e o céu tão cinza,     teríamos encontrado alguns amigos indo e vindo
do almoço, mas assim...

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Sonho que não sei

Na madrugada passada eu tive um sonho muito estranho, muito doido, mas apesar dos absurdos, muito bom. Tinha tudo para ser um pesadelo, mas...

Sabe aquele tipo de sonho em que você sente tudo como se fosse real? De quem em certos momentos você sabe que aquilo não poderia estar acontecendo mas se você está sentindo tudo "na pele", então aquilo não pode ser um sonho? Só faltou eu me beliscar no meio dele.

Acordei no meio da madrugada com as memórias se confundindo com a realidade. Sensação latente de que aquilo tinha acontecido de verdade.
Pouquíssimas vezes tive essa impressão na vida. E olha que eu até que sonho bastante.
Desta vez eu não me senti acordando de um sonho, eu acordei como se tivesse chegado de algum lugar.Eu vivi aquilo. Isso era fato.  O negócio chegava a ser físico.  Os sentidos estavam ainda muito aguçados e a memória do tato, do olfato estava muito presentes. Eu tive a certeza que que tinha vivido aquilo, só não sabia como tinha sido possível. Cheguei a tentar me lembrar se tinha tomado algum medicamento ou bebida antes de dormir . Eu queria poder passar por essa experiência novamente. Se viver um sonho era possível daquela forma, se aquela sensação era assim tão real, eu queria repeti-la...
(mas eu não tomei nada e não sou usuária de nenhum tipo de alucinógeno)

Sonhei que a Terra teve a sua rotação repentinamente acelerada e por uns breves instantes, como alguém que pisa num acelerador... mas de repente acaba deixando o carro morrer com um tranco porque o pé escapa do pedal... A  Terra acabou perdendo um pouco do seu eixo,  e como  se fosse neve,  caíram do céu minúsculas partículas parecidas com sal refinado de cozinha.
Instalou-se um verdadeiro caos. Montes do tal “sal” se espalharam por ruas, cidades e campos, invadindo até mesmo as casas. Por cima dos móveis e chão aquele pó fino deixava tudo sujo. Num esforço em comum,começamos a limpar a casa. Nossas rotinas foram  interrompidas abruptamente. Não se podia ir a lugar algum pelo bloqueio das ruas, parte da eletricidade caiu, telefones ficaram sem funcionar direito...(coisa de filme de catástrofes americano!) Tratores nas ruas tentando abrir passagens para os carros e pessoas.
Parte dos meus primos e tios foram ficar com a gente na minha casa. Moravam todos por ali e chegaram aos poucos, porque ali, juntos, estaríamos mais seguros.
(minha casa??? mas que casa era aquela que eu nunca vi na vida???que lugar era aquele em que morávamos?? que história é essa do mundo acelerar???)
De repente já sabíamos que não teríamos comida por muito tempo porque as lojas estariam fechadas com problemas de abastecimento e as colheitas estariam comprometidas.
(até em sonho a gente precisa se preocupar com a comida???)
Começamos a juntar mantimentos e a estocá-los num canto de uma dispensa.
Estranhamente uma enorme TV funcionava numa sala, mas só transmitia o sinal de uma emissora. (que raio de emissora era essa que conseguia se manter no ar apesar de tudo aquilo????Pelo menos eu não estava trabalhando lá!)  
Um tio e alguns primos assistiam assustados e repetiam estupefatos cada nova notícia . Era chocante. O mundo todo alterado depois desse “tranco do planeta!” Tudo culpa do aquecimento global. Culpa nossa.Quem mandou? Agora os mares deviam estar reduzidos e a água também poderia faltar em breve.  Só diziam coisas assim. E imagens e mais imagens do tal "pó tipo sal fino branco" sobre as capitais do mundo apareciam na TV.
Ninguém parecia aterrorizado.
Numa cozinha pequena, fazíamos um grande omelete com parte dos ovos da geladeira. (omelete???? )
Num determinado momento me lembrei de ver se a minha cadela estava bem, se não estava ferida ou algo do gênero. Ela estava fisicamente bem, mas muito assustada. Fiquei feliz em tê-la ali.
Quando olho para o outro lado do quintal, vejo parte da rua e, para minha estranha surpresa mas IMENSA alegria, eu vejo um  carro antigo do meu pai chegando na rua já com passagem aberta por uma escavadeira alaranjada. (sim, imensa alegria e emoção, porque eu me lembro até da sensação de desabar de joelhos no quintal nesse momento)
Dentro do carro, meu pai e minha mãe!
Desabei num choro feliz e minhas pernas se dobraram sobre a grama suja do jardim. Meus pais estavam bem, estavam a salvo e estavam ali. Estavamos todos reunidos em família!!!
No sonho minha mãe ainda estava viva e meu pai ainda andava e conduzia. (que coisa boa!),
Aos descerem do carro, disseram que assim que souberam do “acidente com o planeta”, pegaram a estrada para irem ficar com a gente (meu marido e eu, no caso)
Eu só me lembro de estender os braços para o céu e gritar feliz de que tinha tudo o que queria por perto,  que nada seria difícil se estávamos todos juntos.
Corri para abraçar a minha mãe, o meu pai, feliz, feliz, feliz! Eles agiam como se nunca tivessem ficado doentes, como se minha mãe nunca tivesse falecido.
Entramos juntos pra casa enquanto  comentavam a situação,  o caos, seus medos.
Já dentro da casa com meus pais, marido, primos e tios, eu tentava organizar lugares numa mesa  e a forma de todos almoçarem. Todos agiam como se minha mãe ainda fosse viva e como se meu pai nunca tivesse ficado doente. Ninguém estranhou a presença deles ali. Apenas elogiavam a presença de espírito de terem saído logo para irem ficar com a gente e terem escolhido a melhor estrada. A impressão que eu tinha era a de que ninguém mais sabia da verdade, de que aquilo seria impossível estar acontecendo... Tentei  disfarçar porque preferia que fosse assim, mas meu olhar se cruzou com o do meu marido e percebi que ele também sabia da verdade. Ele me cochichou no ouvido de que sabia o quanto eu estava feliz apesar de tudo.
Acordei nessa hora.

Levantei atordoada da cama, fui ao banheiro e fiquei ali impressionada, realmente impressionada. Nunca tive um sonho tão real que tenha parecido tão longo. Aliás, aquilo podia ser chamado de sonho? Eu ainda sentia o perfume das pessoas, a força dos abraços, a textura dos pequeninos grãos que caíram do céu e se espalhava por toda parte...   Lembrava do vento que fazia no quintal ao olhar para o céu estranho, do sabor do omelete que minha prima me deu para provar. Foi muito real! Não tivesse estado com a minha mãe sorridente, de cabelinhos curtos e vestido estampado  e meu pai animado guiando um velho carro e  subindo escadas para lá e para cá, eu teria tudo para ter chamado isso de pesadelo, afinal, tudo isto começou com um “tranco no planeta”.

Será que alguém poderia me explicar o que foi tudo isso??
Será que alguém pode me dizer como faço para repetir a dose e estar novamente com a minha mãe?

E nada além de ser o que sou...

Alguns dias eu gostaria de não ter que dizer nada para ninguém e muito menos ser aquilo que esperam que eu seja.
Não tenho a menor pretensão de agradar ou conquistar aquilo que de fato não me interessa. Não tenho vaidades sociais a ponto de não me permitir ser o que sou. 
Sou assim, e gosto disso.
Deliciosa liberdade em me reconhecer assim, exatamente assim.


E como estou espiando dentro de mim, uma música que me tocou ao final do dia...





Linkin Park   - NUMB

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Sol brilhando...


    Dias de sol em Sampa. Dias de céu azul. 
   Só não se pode acreditar que este céu esteja limpo. Não, não, não...                   
   A poluição reina absoluta incomodando pulmões mais sensíveis. Dias secos.
   O jeito é não esquecer da água mineral no console. De gole em gole e a   gente a gente chega lá.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Meu querido PROGRAMA LIVRE

Neste último sábado, dia 13 de Agosto, tive o prazer de reviver alguns momentos do Programa Livre, programa  do qual fiz parte da equipe de produção e onde fui muito feliz.
Parabéns ao SBT pelos 30 anos de existência!!!


domingo, 14 de agosto de 2011

Feliz Dia dos Pais!


Hoje não é Dia de São José, mas é Dia dos Pais no Brasil.




Ainda tenho a sorte de poder estar ao lado do meu pai e retribuindo o carinho e apoio que ele sempre me deu. 




Feliz Dia dos Pais para todos!!!
                            

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Insônia inexplicável


Na madrugada passada acordei por volta das quase quatro da manhã e despertei de tal forma que não consegui mais pegar no sono. Olhos esbugalhados e alertas, procurei um motivo para ter acordado daquela forma.
A rua da minha casa estava muito mais silenciosa do que eu imaginava. Minha cadela parecia estar dormindo encolhidinha nos seus colchonetes. Nenhum som pela casa ou pelo quintal. Nem mesmo de chuva, vento, carros a passar... nada. Não ouvia ou percebia qualquer motivo que justificasse o meu despertar.
Não tinha a lembrança de nenhum sonho, de nenhum pesadelo, nenhuma emoção latente. Rolei para um lado, tentei me acomodar no outro, mas foi em vão.
Acabei levantando da cama silenciosamente e indo para o sofá, acompanhada de dois travesseiros fofinhos e um cobertor macio e quentinho.
Liguei a TV baixinho e procurei algum canal para assistir. Nada me prendia a atenção. Pensei em ler, mas a preguiça de ir pegar os óculos, um livro e ligar o abat-jour foi maior. Fiquei ali encolhida, zapeando com o controle remoto na mão, muito mais desperta do que gostaria. Atentei para o horário ao mudar os canais e torci para que os minutos fossem longos e as horas demorassem a passar. Não queria que o dia chegasse logo e que a claridade dele invadisse a sala através da grande janela da sala. Queria continuar a dormir gostoso, como estava até bem pouco tempo atrás. 
Mas o que foi me deu para acordar assim???
Ali fiquei, encolhida e aconchegada, até relaxar e me deixar fechar novamente os olhos... e a TV ficou ligada a me fazer companhia.  Sim, desde pequena tenho o péssimo hábito de adorar me deixar embalar ao som de qualquer programa televisivo. (Agradeço muito ao inventor do Timer dos aparelhos! Só assim passei a dormir mais tranquilamente sem acordar de manhã ao som animado de alguma programação matinal)
Por volta das seis e meia da manhã, a luz do dia tornou-se clara o suficiente para transpassar as cortinas e me tirar novamente do soninho bom. E lá voltei eu para o meu quarto e a minha cama quietinha, sem fazer barulho para não acordar ninguém, mas principalmente, para não acordar a mim mesma.
Sou aquele tipo de pessoa que pode caminhar uns bons passos pela casa e até articular algumas poucas frases sem largar dos braços de Morfeu... 
Feliz fico quando estou sonhando, acordo por qualquer motivo, mas não me deixo despertar e logo volto a dormir e... a sonhar o mesmo sonho. É muito bom. Raro, mas realmente bom. E hoje deve ter sido assim, porque tenho uma vaga ideia de ter sonhado com as mesmas coisas nessas horinhas pós insônia.


Engraçado foi ter sabido, numa daquelas conversas despretensiosas que temos com as amigas quando vamos tomar um cafezinho, que hoje fomos mais de cinco ali da equipe do trabalho a terem essa tal insônia no meio da madrugada. Qual terá sido o motivo desta coincidência?  Teremos voado de uma casa para a outra a chamar pelos amigos para resolver alguma pendência? Teremos feito alguma reunião fora do expediente? Fizemos uma festinha e não dei por ela? (rsrs)
Não importa. Foi curioso e engraçado saber disso, mas o que eu desejo para todos agora é uma tranquila, serena e contínua noite de sono e descanso.
Boa noite!

domingo, 7 de agosto de 2011

Vontade de colocar os pés na areia...



Hoje o dia amanheceu claro e com um temperatura agradável. Nem frio, nem calor.
Me deu uma vontade de caminhar na praia, de olhar o mar... 
Gosto de praia em dias assim, quando ela não está cheia e pode-se ouvir o bater das ondas.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O dom da motivação???

Estava conversando ontem com um amigo sobre talentos que ele tem e sobre o que poderia fazer com isso. Eu, animada, o incentivava a tentar publicar as tantas frases bem humoradas que ele vive postando no Facebook. Ele é o tipo de pessoa que tem o dom de ser naturalmente engraçado quando escreve frases sobre o cotidiano. Há dias em que eu abro o Facebook já procurando por suas “tiradas” e ele ficou feliz em saber disso.
Nos divertimos falando do prazer que podemos ter levando a vida fazendo aquilo que realmente gostamos, expondo aquilo que realmente somos, aquilo que trazemos em nós.

É, porque eu sou assim: se gosto de alguma coisa em alguém, eu costumo elogiar sinceramente, e as pessoas às vezes se animam e agradecem o incentivo, a motivação. (há quem não me compreenda, mas e daí?)

Ao final do papo, ele brincava dizendo que eu deveria dar palestras de motivação aos outros, que deveria escrever sobre isso, enfim.  Terminamos a conversa sorridentes e felizes. Simples, não?

Já tive o prazer de ouvir que eu sou aquele tipo de pessoa que sabe ”colocar o outro para cima” e concluo:_ A vida não corre melhor assim, com pessoas animadas e mais confiantes de suas virtudes e predicados? Pessoas confiantes e com boa auto estima produzem e vivem melhor. Para mim isso é fato!
Às vezes me pergunto por que é que eu costumo observar as pessoas dessa forma, por que vejo qualidades nos outros que muitos ignoram. Será que é porque tive uma mãe que tinha por hábito sempre me fazer olhar “o lado bom” das coisas? Acredito que sim!
Toda vez em que eu me queixava ou criticava algo ou alguém, lá vinha a minha mãe a me desafiar a ver por outro lado, com menos pré conceitos. Para ela, sempre havia algo bom para ser absorvido, fosse do que fosse. Nenhuma pessoa seria de toda má, nenhuma situação seria de todo ruim. Pessoas são ricas demais para terem só características ruins. Acontecimentos, mas por mais desgastantes, tristes ou irritantes que fossem, sempre traziam uma lição a ser aprendida.  Bastava saber “separar o joio do trigo”.
Dona Helena era assim, ou pelo menos tentava me educar para ser. Acho que conseguiu.
Admito muitas vezes ter me estressado com este jeitinho “Poliana” dela  ser. Muitas destas, achava que ela não estava me ouvindo direito, que estava diminuindo minhas avaliações, que estava simplificando demais. 
De alguma maneira, minha mãe me incentivou a ser uma pessoa melhor. Acredito muito nisso.

Sim, mas por mais que a gente não acredite quando se é muito jovem, a gente muda  com o passar do tempo. Amadurecemos na medida em que admitimos que mudar de opinião e ser mais flexível é uma virtude, não uma fraqueza, mas acima de tudo, mudar é enriquecedor.

Ampliar os horizontes pode ser fácil assim. Basta abrir os olhos e querer  ver.
Quando passei a admitir que a vida pode ser mais legal se eu permitir  vê-la com bons olhos, passei a ser uma pessoa muito mais serena e, porque não dizer, muito mais feliz.

Longe de querer agradar a tudo ou a todos, eu sigo o meu caminho assim. Na verdade, assim agrado a mim mesma.  Tenho imenso prazer em encontrar pessoas elogiáveis no meu caminho e lhes dizer o quanto são pra mim.
Se isso é um dom, não sei,  não me preocupo em rotular. Só deixo que a vida siga e meu coração transborde. E que transborde de coisas boas, não? Muito melhor!!!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Brincar de ser assim e assado


Hoje vou tirar algumas horas do dia para brincar de faz de conta.  Quem foi que disse que não podemos brincar mais depois de adultos?
Quando éramos crianças e inventávamos nossas personagens, o mundo ficava mais divertido e os adultos em volta elogiavam a criatividade dos pequenos.
Se me descobrissem a brincar de ser uma professora, uma médica, uma bailarina, ninguém reclamava, ninguém ralhava.  
Apesar de ser filha única, sempre fui muito tagarela, sempre brinquei demais. 
Minha mãe me dava trela, me incentivava a expor meus pensamentos, encorajava minhas descobertas. Eu não me lembro de ter regras, de brincar sempre da mesma coisa, de precisar de acessórios para inventar qualquer coisa. Também não me eram proibidos os carrinhos, as ferramentas, as bolas.  Essa liberdade era fascinante.
Quando eu queria brincar, bastava inventar e acreditar, e já era o que quer que fosse.  
Nessas intenções, tudo era possível. E nem penso aqui nas grandes produções, onde objetos de cena e figurinos eram improvisados com roupas dos pais e itens da casa. Falo do simples brincar de ser algo que se quer.  E pronto! Tudo era possível.  Não precisar usar acessórios estimulava ainda mais a criatividade. Assim, eu brincava em qualquer canto e lugar, a qualquer hora. Não me deixava abater pelo tédio.
Devo ter fingido ser de tudo um pouco e a graça estava nisso. Não havia limites, não havia regras. Fingi ser menina, mulher, menino, velhinhos, cachorrinhos, cavalos, gatinhos  e peixes. Sim, peixes. Sempre adorei água.   Devo ter sido também alguns outros animais. Devo ter imitado alguns passarinhos voando pela casa, alguns leões rosnando... enfim. Passava por dezenas de profissões e escolhia vidas de todas as formas e cores.
Só nunca tive vocação para fingir ser coisas.  Esse negócio de se passar por relógio cuco, por exemplo, nunca foi pra mim. Até brincar de “estátua”, com outras crianças,  já me custava um pouco.
Hoje eu vou brincar de uma coisa diferente: vou brincar de ser visitante. Sim... vou tentar ver parte deste dia como alguém estranho, que nunca levou a vida que eu levo. Aposto que no final do dia terei novas percepções daquilo que me cerca.
Feliz do ator que ganha a vida para brincar assim.

sábado, 30 de julho de 2011

Para a noite ser melhor




"Glory Box" - Massive Attack and Portishead

E já que falei em passarinhos...



"A Ordem das Árvores" - Tulipa Ruiz

Clima indefinido

Alguns paulistanos devem estar tristes. 
Depois de uma semana ensolarada, cá estamos nós com um sábado encoberto. Não chove, mas se considerarmos a poluição que temos tido nesta cidade, até que uma chuvinha não cairia mal. Vamos ver se a previsão se confirma e a chuva chega para amenizar esta poeira toda.
Esta cidade anda mesmo mal. Coitados daqueles que sofrem com problemas alérgicos ou respiratórios.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/estado/2011/07/29/poluicao-por-poeira-em-sp-e-a-pior-desde-2008.jhtm


Aqui em São Paulo este tempo seco, no Rio Grande do Sul as chuvas castigam tanto. 
http://noticias.uol.com.br/especiais/chuvas-pelo-pais-em-2011.jhtm


O que por aqui entristece tantos é que a maioria das pessoas  espera por um final de semana claro e seco, para poder curtir as horas em passeios agradáveis e ao ar livre. É compreensível.
Brasileiros, de uma forma geral, adoram reunir-se para churrascos e confraternizações em quintais e jardins, e agora também nas varandas de seus apartamentos equipadas com churrasqueiras. E festinhas assim não combinam com mau tempo.


Há quem já sinta falta do frio que tivemos semanas atrás, quando casacos mais pesados e cachecóis precisaram sair dos armários.
Eu gosto mais do frio, mas penso tanto nas implicações que ele traz para os mais frágeis de saúde, que passei a torcer para que ele não venha tanto.(Tenho alma materna, o que posso fazer?) Não me agrada muito os dias de invernos serem mais curtos, apenas isto. Gosto do modo mais elegante que as pessoas se vestem nestes dias. Aprecio as bebidas e comidas que também combinam com temperaturas mais baixas. 
Sou mais para o vinho tinto do que para a cerveja.  Calor não combina comigo.  
Dias quentes pedem praia ou piscina. Pedem água.  Em dias de verão só desejo estar dentro dela, mas entre querer e poder... 


Só que dias como o de hoje, cinzento e nublado, mas ainda seco até agora, são do tipo sem graça, sem charme, sem atrativos. 


Como ando otimista e tentando observar as coisas boas de cada lado, vou tirar parte deste dia para cuidar um pouco de mim com caprichos femininos. Vou ocupar algumas horas com cremes e hidratantes faciais e corporais. Depois, acho que vou escolher algum filminho para ver na TV a cabo e também ler um pouco mais de um livro que ganhei nesta semana.
Vai ser bom!
Há dias para tudo nesta vida...