quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Souvenirs cariocas

Não sei se estou me acostumando ao estresse ou aprendendo a conviver pacificamente com ele, mas nesta minha última viagem ao Rio, a trabalho!, foram poucos os momentos chatos que trouxe para lembrar.
Talvez as coisas boas tenham realmente sido tão legais que apagaram os imprevistos.
Tudo correu relativamente bem  e o saldo foi bem positivo:
 Uma gravação dentro do cronograma , artistas competentes e talentosos participando da programa, chefinho resgatado com sucesso do inferno em que se transformaram os aeroportos cariocas após a chuva do domingo, um delicioso encontro com um amigo de longa data que não via desde 1998...99, a descoberta da colega e amiga divertidíssima e generosa que é a Graça! Viagens em grupo são ótimas para conhecer realmente as pessoas!



O domingo  era de sol na terra relativamente pacificada. Vontade de cantarolar: O Rio de Janeito continua lindoooooooooo....




Depois de uma tarde de preparativos para a gravação da segunda, encontrei um amigo para uma cervejinha num quiosque na frente do hotel.
Deixei meu marido, carioca saudoso, morrendo de inveja do meu fim de tarde.  Sim, porque embora a maioria de meus amigos desconheça,  meu marido é carioca! Flamenguista da gema apesar do sotaque lusitano carregadíssimo de quem viveu em Lisboa por mais de 38 anos. Este teria sido o seu final de semana ideal. Cervejinha no quiosque no final do domingo, jantar no Porcão após o trabalho na segunda. O que mais? Ele só não faria questão de ter visto o Fluminense ser campeão, mas isso é assunto pra outra hora.

Voltando ao domingo à tardinha, enquanto as pessoas passeavam pelo calçadão, no mais puro estilo carioca, eu tentava acender meus cigarros brigando contra o vento e os meus cabelos.
5X0 para o vento!!! Meu amigo ria da minha cara e da minha inabilidade.
Paulistana mais acostumada a fugir da garoa, não estou acostumada a driblar ventos na orla da praia. 
Ou eu segurava o cabelo, ou acendia o cigarro, ou tomava a minha cerveja. Não era pedir muito, mas...  Não conseguia fazer nada disso com competência, admito.  O cabelo emaranhava, a cerveja esquentava no copo, o cigarro não se acendia.
Fabio, meu amigo louco mas cavalheiríssimo, acendeu todos os cigarros pra mim! Muito delicado de sua parte.  Colocamos as conversas parcialmente em dia e reconhecemos, apesar da distância e do tempo,  as afinidades e amizade fortalecidas. Eu celebrava feliz o reencontro e agradecia a paciência do Fabio com as inúmeras interrupções das chamadas no meu rádio. Não demorou muito, a chuva chegou e nos fez mudar de mesa. Não parecia ter vindo pra ficar. Engano nosso. Em pouco tempo, estávamos molhados indo para o restaurante do outro lado da avenida. Ao invés de ficar chateada por ter me molhado toda,  e de ser a segunda vez no ano em que eu era obrigada a fugir daquele quiosque da praia,  resolvi aceitar a chuva como uma bênção.
Pouco depois,  parte de meus amigos e colegas vieram se juntar a nós para jantar, para beber.
Quando o cansaço e a responsabilidade nos chamaram para o descanso, eu subi  para um quarto silencioso  e para um banho demorado como há muito não tomava.
Só era preciso saber que o Serginho estava bem e acomodado. Ele chegou finalmente ao hotel. Pude então relaxar e encerrar o expediente. Tudo pronto. Agora era esperar pelo dia seguinte, pela gravação.
A caipirinha que beberiquei antes com os amigos me ajudou a dormir melhor.

Assim eu tive a mais animada noite das minhas viagens de trabalho. Era um dia finalmente feliz
O mais legal dos souvenirs que eu poderia trazer.

2 comentários:

  1. Foi uma aventura carioca....aqui nesta terra um dia nunca é igual ao outro, um instante nunca é igual ao outro....foi delicioso e inesquecível.

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