sábado, 16 de julho de 2011

Enquanto isto...


Meu pai voltou a ser internado na noite do domingo do dia 10 de Julho. Desde então, ele e eu, aqui presos no hospital.
Ele, pacientemente, sendo paciente. Eu, aos poucos, enlouquecendo por estar aqui, mas tentando fingir que tudo bem...
Muita falta da minha casa, da minha cama, da minha cadela, dos meus travesseiros. Falta até da vidinha mais simples e boba, mas maravilhosa, que se pode levar fora do quarto de um hospital.
Não sei o que é dormir uma noite de sono desde domingo. E hoje já é sábado!
Duas internações em menos de um mês... não é de estranhar que a glicemia dele esteja descompensada. Por mais humanos que os enfermeiros sejam, por mais acolhedor que seja o quarto, hospital é triste, é estressante.
Aqui somos lembrados do quanto somos frágeis, do quanto a vida pode ser curta.
O dia fora da janela está lindo, de um azul intenso e sem nuvens. Nem parece um dia de inverno. Que bom! Antes assim. Vou buscar no sol motivos pra sorrir e acreditar que isto passará logo. Nem que seja num curto passeio de cinco minutos.

Um comentário:

  1. Cinco minutos, Ritita, você merece todos os cinco minutos do mundo.

    Papa Rita vai voltar pra casa. Rita vai voltar. Soon.

    A nossa fragilidade é um dos principios budistas. O efêmero é uma constante. Por isso temos que celebrar cada cinco minutos como se fosse todo o infinito.

    Besos em todos, nega.

    Nei

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